Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Santos Filho, Robson Evangelista dos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://locus.ufv.br//handle/123456789/28318
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Resumo: |
Na presente dissertação, desenvolvemos uma análise discursiva dos vídeos de Gabriel Comicholi em seu canal HDiário, no YouTube, no qual ele revela que vive com HIV e relata as suas vivências com o vírus. Nosso objetivo foi investigar como o HIV e os soropositivos são representados em sua narrativa de vida midiatizada. Para tanto, nossa pesquisa foi subsidiada principalmente por referenciais sobre HIV, narrativas de vida, videografias de si, espaço biográfico, publicização do privado e por alguns conceitos da Semiolinguística, de Patrick Charaudeau, adotados como categorias analíticas, como as restrições e estratégias do contrato de comunicação e os imaginários sociodiscursivos. Dentre os principais resultados, percebemos que Gabriel expõe a condição sorológica, o íntimo e o cotidiano para informar, educar e conscientizar sobre esse tema não abordado na internet ou tratado de forma equivocada, além de adquirir visibilidade e ajuda tanto para si quanto para outras pessoas que vivem com HIV. Ele se dirige em especial a elas, colocando-se como militante e representante do grupo, embora não se identifique como soropositivo. No entanto, o youtuber funda seu direito à palavra por viver com o vírus, recorrendo às suas experiências e, assim, se vale dos seus relatos pessoais como forma de legitimidade, mas também de credibilidade e captação, utilizando, ainda, imagens, conhecimentos científicos, tom mais descontraído, dentre outros recursos de linguagem. Com relação aos imaginários, Comicholi mobiliza diversos deles, ora para refutá-los, ora reforçando-os, a exemplo dos que associam o HIV à morte, doença, promiscuidade, irresponsabilidade, infidelidade, sexo, sofrimento, jovens e homossexuais. E ao criar uma imagem de si, ele também formula uma imagem ao grupo de soropositivos, colocando-os como doentes, culpados, descuidados, incapazes e acomodados. Notamos que todos os imaginários acionados têm valorações pejorativas e que a maioria deles é engendrada por saberes de crença, incluindo aqueles que já foram reformulados pelo domínio médico, mas que continuam presentes no senso comum, daí a nossa hipótese de que há uma epidemia discursiva com tantos estereótipos sobre HIV ainda a contaminar o imaginário social. Palavras-chave: HIV. HDiário. Narrativa de vida. Imaginários sociodiscursivos. |