Narrativas obliteradas: das memórias dos operários, trabalhadores da construção e manutenção do campus da ESAV e UREMG no período de 1922-1969
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
Patrimônio Cultural, Paisagens e Cidadania |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://locus.ufv.br//handle/123456789/31278 https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2023.250 |
Resumo: | A Universidade Federal de Viçosa completou no ano de 2022, noventa e seis anos de existência. Os registros dessa trajetória se apresentam como produções bibliografias memorialistas e acadêmicas, narrando os meandros de sua história e promovendo a difusão institucional. Desta feita buscamos com nossa pesquisa, problematizar a ausência de parte da comunidade acadêmica, invisibilizada nessas ações de promoção da memória institucional. Os sujeitos pesquisados compõem a categoria de trabalhadores de atividade-meio da universidade, especificamente os operários, segmento da categoria dos técnico- administrativos em educação e pela nomenclatura mais utilizada, ao longo do período analisado, utilizaremos o termo operário para nos referirmos aos trabalhadores da construção e manutenção do campus no período de 1922 a 1969. A pesquisa se deu por análise documental e da história oral a partir da história de vida desses trabalhadores, narradas por eles próprios ou seus descendentes. Encontramos informações sobre a relação de trabalho e seus modos de vida, identificamos características das políticas internas para o grupo, como as classes de alfabetização, cursos profissionalizantes e adoção de medidas higienistas de cuidados de saúde e vícios. Percebemos ações de controle disciplinar rígido, do operário e seus familiares, dentro e fora do canteiro de obras. Constatamos ainda, uma prática de apadrinhamento, espécie de política de favorecimento a uma parte restrita do grupo em detrimento do coletivo, resquícios de práticas colonialistas e instrumento de segregação social e racial. Apuramos que o acesso tardio do grupo à educação formal dificultou a reflexão sobre a própria condição, o que foi alterado somente a partir da organização política do grupo, quando onde houve ascensão interna, conferindo algum protagonismo do grupo no arranjo político institucional. Concluímos que, a presença e atuação desses personagens são percebidas em vestígios físicos ou imateriais, onde propomos, a partir dos resultados da pesquisa e do produto, garantir o registro e a difusão das narrativas garantindo a diversidade dos grupos que compõem a memória coletiva da comunidade universitária. Palavras-chave: Memória. Identidade. Trabalho. Universidade. |