Análise técnica e econômica da produção de energia termelétrica a partir da biomassa florestal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Ribeiro, Gabriel Browne de Deus
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/19709
Resumo: O objetivo deste trabalho foi realizar análise técnica e econômica da produção de energia termelétrica utilizando como fonte a biomassa florestal, em forma de cavaco de eucalipto, com a finalidade de avaliar o potencial para expansão do uso da biomassa florestal na matriz elétrica brasileira. Realizou-se uma busca na literatura para determinar: os principais aspectos do mercado de energia elétrica no país; a participação da biomassa florestal nesse mercado; as principais características energéticas dessa fonte, e as tecnologias de conversão em energia termelétrica. Posteriormente, foi desenvolvida análise técnica para dimensionar a implantação de uma usina termelétrica (UTE) a cavaco de eucalipto na microrregião de Viçosa, MG, avaliando capacidades de 5, 10 e 20 megawatts (MW) de potência bruta instalada. Também foi realizada análise econômica de um projeto termelétrico típico de 10 MW, com base nas seguintes hipóteses de venda de energia: comercialização integral no mercado regulado (ACR), comercialização integral no mercado livre (ACL) e comercialização parcial no mercado regulado e mercado livre (ACR e ACL). Cada potência apresentou capacidade para demandar 8,7% (5 MW), 13,2% (10 MW) e 25,1% (20 MW) da área estimada de plantios de eucalipto dessa região. No mercado regulado, onde o risco para o empreendedor é zero, a Taxa Interna de Retorno (TIR) foi de 15,0% ao ano, e verificou-se que quanto maior o nível de inflexibilidade adotado pela UTE, maior a Receita Fixa anual requerida pelo investidor e maior o Índice Custo Benefício (ICB). Mesmo assim, os ICBs estimados para o empreendimento permaneceram dentro da média dos últimos vencedores dos leilões de energia nova. No mercado livre, onde o risco do investidor é maior, o retorno médio aumentou levando em consideração as condições atuais de mercado, com Valor Presente Líquido (VPL) de R$ 7,7 milhões e TIR de 20,4% ao ano. E a comercialização parcial nos dois mercados levou a resultados econômicos satisfatórios e a melhoria na mitigação dos riscos se comparado ao mercado livre. Portanto, a decisão da alternativa de mercado a ser escolhida dependerá do apetite ao risco do investidor. Por fim, este trabalho recomenda que para que haja o crescimento da participação da biomassa florestal no mercado de energia elétrica, deve-se adequar os critérios dos leilões de energia para a biomassa florestal, por parte do governo, bem como da maior qualidade e integração dos projetos, por parte dos investidores e produtores florestais.