Os impactos da utilização da biomassa florestal para a geração de energia elétrica no Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Alves, Gabriel Luis da Costa
Orientador(a): Gurgel, Angelo Costa
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10438/20498
Resumo: Diversos benefícios podem ser constatados através do aproveitamento energético da biomassa florestal, principalmente atrelados ao fato de ser uma fonte de energia renovável. Porém, essa energia, assim como outras fontes de energia renovável, é pouco difundida no país, verificando a falta de políticas públicas de incentivo, desencadeando um desencorajamento do uso dessas fontes no país. O presente trabalho investiga os possíveis impactos gerados pela utilização de madeira de plantios florestais para a geração de energia sobre os demais segmentos do setor florestal brasileiro, ou seja, se haverá volume de biomassa florestal suficiente para atender às demandas desses diferentes segmentos. Utilizou-se um modelo computável de equilíbrio geral, denominado Economic Projection and Policy Analysis – EPPA, o qual é capaz de projetar cenários a respeito do desenvolvimento da economia mundial, incluindo a brasileira, considerando a produção, comércio e consumo dos diferentes setores econômicos, com ênfase para os setores energéticos e agropecuários. Para este estudo foram simulados um cenário de referência e mais dois grupos de cenário, sendo o primeiro grupo composto por três cenários diferenciados por níveis de subsídio (baixo, médio e alto) à geração de eletricidade de biomassa florestal e o segundo grupo também composto por quatro cenários com redução dos custos e diferentes níveis de incentivo (nulo, baixo, médio e alto). Os resultados mostraram que ao longo dos anos pode ocorrer um expressivo crescimento do setor florestal devido ao incremento da produção de biomassa florestal, que está diretamente relacionado ao aumento dos fomentos governamentais. Mesmo que ocorra elevada inserção da bioeletricidade oriunda da biomassa florestal na matriz energética, não ocorre quase nenhum impacto nos demais setores econômicos que competem com recursos para produção da biomassa, como agropecuário, ou utilizam a mesma como matéria-prima, como químico e siderúrgico. Observou-se também que, em relação à participação das fontes de recurso na oferta de energia, os segmentos de origem fóssil e de biomassa de cana-de-açúcar são os mais afetados nos cenários de maior inserção da biomassa florestal na geração elétrica. Através da análise do produto interno bruto (PIB) constatou-se que não há mudanças nas taxas anuais de crescimento nos diferentes cenários. Também pode-se dizer que o aumento das áreas de produção florestal substituem as áreas destinadas às culturas vegetais e pecuária, enquanto o mesmo já não ocorre para as áreas de florestas naturais. Por fim, o desenvolvimento e a longevidade dessa fonte de energia no país são bastante dependentes de melhorias tecnológicas, redução de custos e incentivos proporcionados pelo governo.