Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Silva Junior, Vicente Peixoto da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/9169
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Resumo: |
A prevalência de transtorno depressivo tornou-se um problema de saúde pública, constituindo uma das principais causas de incapacidade no mundo. Diante disso, pesquisas sobre a incidência de transtorno depressivo têm sido amplamente realizadas por economistas, com destaque para o efeito da educação sobre a incidência da doença. Considerando efeitos diretos e indiretos, a literatura em geral tem demostrado que a educação é um fator de proteção ao adoecimento mental, reduzindo a incidência de transtorno depressivo. No entanto, nenhum trabalho considerou na análise a ocupação do indivíduo, que também é um importante determinante do estado de saúde físico e mental. Assim, embora a literatura mostre que a educação beneficia a saúde mental, inibindo a incidência da doença, ao incluir na análise a ocupação do indivíduo, este efeito pode ser alterado. Nesse sentido, o presente trabalho tem por objetivo preencher essa lacuna investigando a associação entre o nível de escolaridade e a incidência de transtorno depressivo no Brasil considerando a categoria ocupacional do indivíduo. Para isso, foram utilizados microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2008, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), por meio de seu suplemento especial de saúde. Além disso, foram estimados modelos Probit separadamente para homens, mulheres e por categoria ocupacional. Assim, os resultados revelaram que o efeito da educação sobre a incidência de transtorno depressivo não foi o mesmo para todos os indivíduos. Para os homens inseridos na categoria ocupacional Profissionais das ciências e das artes, possuir de 1 a 4 anos de estudo reduziu a probabilidade de ser acometido por transtorno depressivo em aproximadamente 1 ponto percentual. Em relação aos homens inseridos na categoria ocupacional Trabalhadores da produção de bens e serviços e de reparação e manutenção, possuir de 1 a 4 anos de estudo, 5 a 8 anos de estudo, 9 a 11 anos de estudo e 15 ou mais anos de estudo, reduziu a probabilidade de ser acometido pela doença respectivamente em 0,6; 0,5; 0,6 e 0,9 pontos percentuais aproximadamente, em relação aos indivíduos com menos de 1 ano de estudo. Em relação às mulheres, esse efeito foi constatado para as integrantes da categoria ocupacional Técnicos de nível médio. Para estes indivíduos, possuir de 12 a 14 anos de estudo reduziu a probabilidade de incidência da doença em aproximadamente 2 pontos percentuais. Esses resultados são interessantes e revelam que políticas públicas educacionais, como programas de financiamentos de estudos, podem ser utilizadas para contenção à incidência de transtorno depressivo para os indivíduos inseridos nas referidas categorias ocupacionais. Por outro lado, para os indivíduos inseridos na categoria ocupacional Trabalhadores agrícolas, a educação aumentou a incidência da doença em ambos os gêneros. Assim, os resultados revelaram que possuir de 1 a 4 anos de estudo aumentou a probabilidade de ser acometido pela doença em 0,7 pontos percentuais nos homens e em 5 pontos percentuais nas mulheres. Adicionalmente, possuir de 5 a 8 anos de estudo aumentou essa probabilidade em 1 ponto percentual nos homens e em 5 pontos percentuais nas mulheres. Considerando as mulheres inseridas na categoria ocupacional Trabalhadores da produção de bens e serviços e de reparação e manutenção, o efeito da educação sobre a incidência de transtorno depressivo foi semelhante. Os resultados revelaram que possuir 15 ou mais anos de estudo aumentou a probabilidade de ser acometida pela doença em aproximadamente 9 pontos percentuais em relação às mulheres com menos de 1 ano de estudo. |