Efeito de plantas transgênicas de Eucalyptus grandis x E. urophylla na propagação clonal, no crescimento, na nutrição e nos indicadores da qualidade biológica do solo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Silva, Rogério Luiz da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Manejo Florestal; Meio Ambiente e Conservação da Natureza; Silvicultura; Tecnologia e Utilização de
Doutorado em Ciência Florestal
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/531
Resumo: O presente trabalho teve o objetivo de avaliar o efeito de plantas transgênicas de um clone de Eucalyptus grandis x E. urophylla na propagação clonal, no crescimento vegetativo, na nutrição e nos indicadores da qualidade biológica do solo inoculado com fungos ectomicorrízicos. No experimento, foram utilizadas plantas não transformadas (NT) e transformadas (T) para a superexpressão do gene que codifica a citrato sintase (CS). Para avaliar o efeito da transformação genética na propagação clonal das miniestacas de eucalipto, foi instalado um minijardim clonal de areia visando o fornecimento das miniestacas, que foram submetidas a várias dosagens de AIB (0, 1500, 3000 e 6000 mg L-1), coletadas em diferentes partes do ramo [miniestaca intermediária de 8 cm (MI), miniestaca apical de 12 cm (MA1) e 10 cm (MA2)] e de diversos tamanhos (6, 9, 12 e 15 cm). Os resultados indicaram que a melhor estratégia foi a confecção de miniestacas apicais de aproximadamente 10 cm de comprimento sem o uso de AIB e que a transformação genética influencia a propagação vegetativa das miniestacas, prejudicando o enraizamento e beneficiando o crescimento das mudas. Visando analisar a transformação genética no crescimento e na eficiência nutricional do clone, foram cultivadas, até aos 150 dias de idade, plantas T e NT em Latossolo Amarelo com diferentes doses de fósforo (0, 45 e 90 mg dm-3), na presença e ausência de calagem. O material transformado apresentou maior incremento inicial em altura e em diâmetro do colo quando cultivado sem calagem e na dose zero de P, tendo também aumentado o número de folhas e a área foliar. No entanto, foi observada a mesma eficiência de absorção e eficiência de utilização para P, Ca e Mg nesse material, bem como respostas à aplicação das doses de P ao solo e à calagem. A transformação genética proporcionou maior crescimento inicial das plantas em condições de maior acidez e baixa disponibilidade de fósforo no solo, não alterando, contudo, a eficiência nutricional do clone. Também foram avaliados os indicadores de qualidade biológica do solo, o crescimento e a eficiência nutricional das plantas, as quais foram inoculadas com fungos micorrízicos e cultivadas em vasos contendo solo adicionado de 45 e 90 mg dm-3 de P. Todas as plantas inoculadas apresentaram formação de ectomicorrizas aos 150 dias de idade, mas não apresentaram alterações para a maioria dos indicadores microbiológicos e bioquímicos do solo. As plantas transformadas e sem inoculação tiveram um incremento inicial no crescimento em altura, porém não houve grandes alterações para as demais variáveis analisadas. De modo geral, a transformação genética e a micorrização não alteram a eficiência nutricional, o crescimento final das plantas e os indicadores da qualidade biológica do solo, não demonstrando evidências de risco à biossegurança a nível do solo. No entanto, houve influência na propagação vegetativa das miniestacas, prejudicando o enraizamento e beneficiando o crescimento das mudas.