Rastreabilidade de soja Roundup Ready® em produtos agrícolas e derivados: produção de materiais de referência e uso de marcadores AFLP

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Abrahão, Othon Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/64/64133/tde-12092008-094829/
Resumo: A introdução de variedades transgênicas de soja provocou grandes alterações no mercado mundial e na legislação de países produtores e compradores, principalmente no que se refere à certificação, rastreabilidade, biossegurança e rotulagem. A soja é responsável por quase metade das receitas com exportação do Brasil, estando presente na forma de matéria-prima ou ingrediente em parte significativa dos alimentos no mercado brasileiro. O limite estabelecido de 1,0 % para presença de transgênicos em alimentos, acima do qual a rotulagem passa a ser obrigatória, gerou a demanda por materiais de referência para controle e quantificação em matérias-primas e alimentos, para harmonização e uniformização dos resultados obtidos em diferentes equipamentos e laboratórios, atualmente produzidos com exclusividade pelo Instituto de Materiais de Referência e Medidas - IRMM, na Bélgica. Diante do alto custo e da dificuldade de obtenção destes produtos, foram elaborados, utilizando-se técnica de moagem e mistura criogênica, com verificação por PCR em tempo real, candidatos a materiais de referência para soja transgênica Roundup Ready® (soja RR) em pó nas concentrações de 0%, 0,1%, 0,5%, 1,0%, 2,0% e 5% de material transgênico. Para rastrear a origem da soja transgênica, aplicou-se o método de marcadores AFLP sobre 29 variedades de soja RR, sendo 21 argentinas e 8 brasileiras, encontrando-se 6 bandas polimórficas, produtos de 4 pares de primers, selecionados de um total de 67 reações usando diferentes combinações de primers seletivos. Por este método, foram caracterizadas 15 das variedades argentinas e todas as variedades brasileiras. Para alimentos processados em análise de PCR, adotou-se a estratégia de detecção de fragmentos curtos (cerca de 100 pb) de soja RR, com desenho de primers usando programas computacionais de livre acesso na Internet (Primer3, NetPrimer, Rebase) e validação por digestão com endonucleases e sequenciamento. Foram estabelecidos dois novos conjuntos de primers para detecção e quantificação de fragmentos dos genes da lectina e CP4 EPSPS de soja RR, testados nas 29 variedades de soja RR e três matrizes de alimentos à base de soja