Bactérias Endofiticas da seringueira promovem o controle de Sclerotinia sclerotiorum e o crescimento do feijoeiro comum (Phaseolus vulgaris L.)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Vieira, Mísia Souza
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Microbiologia Agrícola
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://locus.ufv.br//handle/123456789/31464
https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2022.599
Resumo: O manejo de doenças e a produtividade dependem muitas vezes do uso de fertilizantes e agroquímicos, gerando poluição dos solos e da água e degradação ambiental. Além disso, os agroquímicos afetam o microbioma do solo e, simultaneamente, selecionam patógenos resistentes devido a sua aplicação excessiva. Assim, há uma demanda por estratégias alternativas, como o emprego de bactérias endofíticas promotoras de crescimento para o aumento da produtividade de diferentes culturas, como o feijoeiro comum (Phaseolus vulgaris), e para o controle de doenças de plantas. Neste trabalho, bactérias endofíticas do caule, folhas e raízes de seringueiras da floresta Amazônica foram identificadas e testadas quanto ao antagonismo ao fitopatógeno Sclerotinia sclerotiorum, causador do mofo-branco, e a capacidade de promoção de crescimento do feijoeiro comum. Foram avaliadas 84 bactérias e foram identificados representantes dos gêneros Achromobacter, Bacillus, Burkholderia, Enterobacter, Ochrobactrum, Paenibacillus, Stenotrophomonas e Tsukamurella. Os isolados 18 (18B22C-AM - Bacillus sp.), 140 (140B5F-AM — Bacillus sp.), 174 (174B28R-AM — Bacillus sp.) e 201 (201B16R-AC — Bacillus sp.) foram eficientes no controle in vitro de S. sclerotiorum, e nesses isolados foram identificados genes de lipopeptídeos, como bacilomicina A, fengicina, iturina A e surfactina. Os isolados 18, 174 e 201 foram eficientes no controle de S. sclerotiorum em plantas de feijoeiro comum. A avaliação dos mecanismos de promoção de crescimento in vitro revelou que os isolados 18, 140 e 174 fixam nitrogênio em meio FNB e os isolados 140 e 174 produzem sideróforos em meio sólido Casaminoácidos (CAA) contendo CAS (cromo azurol S). Todos os isolados promoveram aumento na massa seca da raiz do feijoeiro comum e os isolados 18, 174 e 201 promoveram aumento da massa seca da parte aérea. Portanto, os resultados encontrados demonstram o potencial das bactérias endofíticas de seringueiras para o desenvolvimento de bioinoculantes para o controle do fitopatógeno S. sclerotiorum e para a promoção do crescimento do feijoeiro comum. Palavras-chave: Endófitos. Promoção de crescimento. Controle biológico. Feijão.