Integração espacial entre os mercados brasileiros de suínos
Ano de defesa: | 2006 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Economia e Gerenciamento do Agronegócio; Economia das Relações Internacionais; Economia dos Recursos Doutorado em Economia Aplicada UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/134 |
Resumo: | A análise da integração de mercados assume papel de grande relevância no desenvolvimento econômico de um país, em razão de a presença de mercados integrados favorecer a redução de deficiências estruturais em resposta a maior fluxo de informação entre as regiões. Assim, a integração facilita a tomada de decisão dos agentes envolvidos e contribui para maior eficiência no mercado. Ademais, há a possibilidade de aumento na especialização e no comércio e, em conseqüência, de melhoria no bem-estar dos produtores e consumidores. Em mercados integrados, as medidas de políticas públicas e privadas são mais eficazes, dado que essas apresentam ajustamento mais rápido e são mais abrangentes. Assim, pela relevância desse tema e importância do setor produtivo suinícola no agronegócio e pelo fato de nenhum estudo dessa natureza ter sido realizado no País com o produto supracitado, objetivou-se, neste trabalho, analisar a integração dos mercados de suínos nos diferentes estados brasileiros, no período de janeiro de 1980 a março de 2005. Foram analisados aspectos relacionados à delimitação espacial dos mercados, à forma de relacionamento entre eles e à determinação dos mercados mais ou menos integrados. Além do mais, analisaram-se os fatores que determinam o grau de integração entre esses mercados. O método utilizado neste estudo baseia-se no enfoque de integração de mercado sob três aspectos: extensão, padrão e grau. O referencial analítico utilizado foi o de séries temporais, mais especificamente a análise de co-integração multivariada. Quanto à extensão espacial do mercado, os resultados indicam que esta é composta pelos estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo, já que esses se apresentaram engajados numa quantidade significativa de comércio, ao mesmo tempo em que compartilharam uma única tendência de comportamento dos preços. No que se refere ao padrão de relacionamento estabelecido entre os nove estados integrados, observou-se que, embora não existisse localidade dominante quanto ao comportamento de mercado, não havia interação perfeita entre eles. Verificou-se que a maior velocidade de ajustamento ocorreu entre Rio Grande do Sul e Santa Catarina e que Mato Grosso e Mato Grosso do Sul foram os estados que reagiram a maior número de desequilíbrios transitórios nas relações de longo prazo. No curto prazo, observou-se que São Paulo foi o principal estado que liderou, significativamente, as variações nos preços da carne suína. Quanto à análise do grau de integração, ou seja, localidades que são mais e menos integradas, constatou-se que os estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Santa Catarina foram os que se ajustaram mais rapidamente a desequilíbrios no sistema, possuindo, portanto, maior grau de integração com o mercado. Já os estados do Mato Grosso do Sul, Goiás, Mato Grosso, Rio Grande do Sul e Paraná apresentaram ajustamento mais lento, indicando que foram menos integrados ao mercado. De modo geral, observou-se que o mercado brasileiro de suínos apresentou grande dinamismo em relação ao comportamento dos preços nas diferentes localidades que compõem o mercado, considerando que todos os ajustes ocorreram relativamente rápido, ou seja, num período de menos de três meses. Em relação à análise dos determinantes do grau de integração no mercado brasileiro de suínos, pode-se dizer que há uma relação direta entre as localidades que possuem maior acesso à infra-estrutura de comunicação, melhores níveis educacionais e melhor infra-estrutura de transporte com o grau de integração, o que permite inferir que há um relacionamento entre o nível de desenvolvimento econômico e social dos estados e o grau de integração. Portanto, medidas direcionadas à melhoria da infra-estrutura de transporte e comunicação, além do aumento do nível educacional da população, podem contribuir para o aumento do grau de relacionamento entre as localidades do mercado e, dessa forma, aumentar sua eficiência e competitividade. |