Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1988 |
Autor(a) principal: |
Martines Filho, João Gomes |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11132/tde-20191218-104210/
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Resumo: |
As oscilações dos preços agrícolas podem estar associadas a variações na demanda interna e externa, ou a fatores ligados à produção e à comercialização. Assim sendo, nesta pesquisa analisaram-se o sentido de causalidade de séries de preços agrícolas entre os níveis de produtor, atacado e varejo, bem como a elasticidade com que os preços são transmitidos entre esses níveis de mercado e o comportamento das margens de comercialização em relação às variações nos preços exógenos. Os produtos estudados foram o arroz em casca, milho em grão, soja em grão e laranja de mesa, a nível de produtor e arroz sem casca, fubá mimoso, óleo de soja refinado enlatado e laranja de mesa, a nível de varejo, no período de 1972 a 1985. Utilizando-se as definições de causalidade de GRANGER (1969), subjacentes ao fenômeno que SIMS (1972) denominou exogeneidade, pode-se observar que na maioria dos casos estudados os choques nos preços iniciaram-se a nível de produção, possivelmente face às variações climáticas. Para os produtos relacionados ao mercado externo, como o óleo de soja e a laranja de mesa, acredita-se que as exportações podem desencadear, inicialmente, variações de preços diretamente ao produtor, por ser este, em geral, o elo de ligação entre os mercados externo e interno. Em outros casos, como no da laranja de mesa, a variação pode originar-se a nível de varejo, pois, aparentemente, este produto apresenta a demanda fortemente influenciada por variações de renda e clima, por exemplo. A análise de transmissão de preços revelou, de uma forma geral, que o aumento de 10% no preço aos produtores provocaria um aumento em torno de 6,0% nos preços ao varejo para o arroz e fubá, e, ao redor de 5,5% nos preços ao atacado para o óleo de soja e laranja de mesa. Um aumento de 10% nos preços ao atacado de óleo de soja refletiria num aumento de igual intensidade nos preços ao varejo, e um aumento de 10% nos preços ao varejo de laranja levaria também a igual aumento ao atacado. As margens correntes porcentuais mensais totais de comercialização referente à produção do Estado de São Paulo, para o arroz sem casca, fubá mimoso, óleo de soja refinado enlatado e laranja de mesa giraram em torno de 42,3%; 71,5%; 27,7% e 77,5% do preço de varejo, respectivamente. As margens correntes anuais totais não apresentaram tendência definida. Para os produtos que apresentaram defasagem significativa no processo de transmissão de preços, procedeu-se à análise da margem defasa da, com resultados semelhantes às margens correntes. O comportamento das margens face às variações nos preços exógenos foi analisado, levando-se em consideração as elasticidades de transmissão de preços. De um modo geral, pode-se dizer que a margem porcentual e o preço exógeno movimentaram em sentido contrário, enquanto a margem absoluta e o preço exógeno apresentaram um comportamento bastante variável entre os produtos e os níveis de comercialização. |