O ensino remoto emergencial no curso de graduação em Medicina Veterinária durante a pandemia da COVID-19

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Meirelles, Daniella Viveiros
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://locus.ufv.br//handle/123456789/28609
https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2021.165
Resumo: A pandemia causada pelo vírus SARS-CoV-2 afetou diversos setores da vida humana, incluindo o setor educacional. Essa situação atípica levou à suspensão das atividades letivas presenciais. Por conseguinte, para tentar minimizar os impactos sobre a educação de milhares de estudantes, de forma inesperada, docentes e discentes migraram para o ensino mediado por Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs). O ensino de Medicina Veterinária não se ausentou dessa realidade. Diante desse cenário, este trabalho objetivou analisar a visão dos discentes de graduação em Medicina Veterinária da Universidade Federal de Viçosa sobre o seu processo de ensino e aprendizagem durante o intitulado “Período Especial Remoto (PER-I)” no segundo semestre de 2020, frente à pandemia da COVID-19. A pesquisa foi conduzida de forma on-line, com base no envio de um questionário eletrônico para todos os 341 alunos matriculados no curso superior mencionado no referido ano. Dados descritivos quanti-qualitativos foram gerados, organizados por categorias e tratados conforme suas frequências absoluta e relativa, análise descritiva e análise de conteúdo. As categorias consistiram em: os sujeitos da pesquisa e a participação no PER-I em 2020; disciplinas cursadas e a associação com a relevância do PER-I; metodologias de ensino e TICs na educação em Medicina Veterinária; interações físicas e a formação teórico-prática em Medicina Veterinária durante o ensino remoto; e empenho estudantil e a construção do próprio conhecimento. Participaram da pesquisa 92 estudantes. O desejo de não atrasar o andamento e a conclusão de seu curso de graduação, e a necessidade de ocupar suas rotinas durante o período pandêmico foram as principais razões para a matrícula dos graduandos. A queixa constante em relação ao ensino remoto na Educação Veterinária consistiu na ausência de aulas práticas. Outras barreiras foram relatadas pelos alunos como: dificuldade de concentração e desmotivação devido ao espaço de estudo inapropriado e à não adaptação ao ambiente de ensino on-line; enfraquecimento da relação professor-aluno, impactos psicológicos trazidos pelo cenário pandêmico e não adequação do planejamento pedagógico para algumas disciplinas no formato remoto. Diante da percepção dos graduandos, concluiu-se que esses discentes parecem ter reconhecido o caráter emergencial do ensino remoto que, embora necessitasse de diversos ajustes, os permitiu dar continuidade ao seu processo formativo em um período da história humana tão difícil. Adicionalmente, as queixas dos discentes demonstraram importantes reconhecimentos sobre a educação em Medicina Veterinária: a importância do espaço acadêmico físico para a maior dedicação estudantil e interação aluno-professor, assim como a necessidade e a relevância de vivências práticas inerentes à adequada formação de médicos veterinários, que não foi suprida pelo processo de ensino e aprendizagem inteiramente mediado por TICs. Entretanto, esses mesmos reconhecimentos demonstraram o quão predominante é a valorização do aprendizado prático e das competências técnicas na realidade avaliada que, por vezes, não contemplam em totalidade a formação humanista, generalista, crítica e reflexiva esperada e exigida para esses futuros profissionais. Palavras-chave: Coronavírus. Discentes. Educação remota. Ensino superior. Médicos veterinários.