Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Cobucci, Gustavo Carvalho |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/17771
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Resumo: |
Em 2017, 289 instituições de ensino superior (IES) ofereciam curso de graduação em Medicina Veterinária no Brasil, sendo que a maioria delas utilizava a abordagem tradicional de ensino.Com a instituição das Diretrizes Curriculares Nacionais dos cursos de Medicina Veterinária, em 2003, recomendou-se que as IES deveriam ser capazes de estimular, além das competências técnicas, o desenvolvimento das competências humanísticas nos discentes e, em 2012, o Conselho Federal de Medicina Veterinária propôs a utilização de metodologias ativas de ensino para atingir tal propósito.O objetivo do presente trabalho foi analisar o uso de metodologias ativas em cursos de graduação de Medicina Veterinária. A pesquisa foi conduzidaem duas instituições de ensino superior, uma pública e outra privada, utilizando-se entrevistas semiestruturadas realizadas com docentes de graduação do curso de Medicina Veterinária e análise dos planos de ensino das disciplinas avaliadas. Os depoimentos foram tratados pela análise de conteúdo, sendo determinadas cinco categorias de análise: uso de metodologias ativas e conceitualização do termo; "teorização" da prática; mudanças nas técnicas e ferramentas de ensino utilizadas ao longo da carreira docente e desinteresse geral do estudante. entrevistados; disciplinas Variáveis como número de docentes ministradas; período do curso em que eram ministradas;carga horária total, aulas práticas e, ou, teóricas;número de alunos matriculados; tempo de docência; formação acadêmica e didática; técnicas e ferramentas de ensino utilizadas pelos professoresforam analisadas de forma descritiva. Foram entrevistados 37 docentes, sendo 18 da IES-pública, com média de 23 anos de experiência, e 19 da IES-privada, com média de seis anos de experiência, que ministravam 57 disciplinas. Embora 75,6% dos docentes fossem doutores, nenhum deles apresentou curso de especialização em didática no ensino superior. Os docentes da IES-pública e privada relataram a utilização de 19 e 40 técnicas de ensino diferentes, respectivamente. Todos os entrevistados relataram utilizar pelo menos uma MA de ensino em pelo menos uma aula ministrada. Na IES-pública, mais da metade dos docentes não soube conceituar o termo MA de ensino. Na IES-privada, todos os 19 docentes entrevistados conheciam o termo. Observou-se que as aulas práticas vêm se tornando cada vez mais teóricas, com menor utilização de animais vivos.Com o tempo e a experiência, os docentes diminuíram a quantidade de aulas expositivas tradicionais, substituindo-as por técnicas de ensino mais ativas. Concluiu-se que os docentes das IES estudadas necessitam maior formação técnica nas áreas de didática e andragogia. As MA de ensino vêm sendo utilizadas, mas o ensino oferecido pelas IES avaliadas ainda apresenta características do modelo tradicional. Nas aulas práticas, os docentes entrevistados percebem que o processo ensino-aprendizado ocorre de forma mais eficaz, entretanto estas aulas vêm sendo substituídas por aulas expositivas ou demonstrações. |