Viabilidade da implantação do contrato futuro de trigo na BM&FBOVESPA

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Schwantes, Fernanda
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Economia e Gerenciamento do Agronegócio; Economia das Relações Internacionais; Economia dos Recursos
Mestrado em Economia Aplicada
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/40
Resumo: Este trabalho procurou estudar o mercado de trigo no Brasil, com a finalidade de avaliar a viabilidade de implantação do contrato futuro da commodity pela Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros do Brasil – BM&FBOVESPA, assim como a intenção de uso do contrato pelos agentes da cadeia tritícola no país. Utilizou-se a Teoria de Sucesso e Fracasso de Contratos Futuros como suporte teórico e metodológico desta pesquisa, a qual apresenta características consideradas necessárias à viabilidade de lançamento de um novo contrato futuro pelas bolsas de mercadorias frente ao insucesso de muitos contratos futuros. Com base nesta teoria, este estudo subdivide-se em duas avaliações complementares, que se denominam abordagem macro e abordagem micro. A primeira busca identificar se o trigo em grão no Brasil é adequado para ser negociado em mercados futuros, abrangendo características como tamanho do mercado físico, estrutura do mercado (grau de concentração e existência de integração vertical), intervenção governamental, volatilidade dos preços do ativo em análise, formas de comercialização existentes no mercado do produto, possibilidade de estocagem e padronização da mercadoria objeto do contrato, e utilização e efetividade de contratos já existentes como mecanismos de proteção de risco de preços. Já a abordagem micro avalia o perfil dos agentes da cadeia produtiva do trigo, que são os potenciais usuários deste contrato. Em geral, evidenciou-se que o mercado físico do trigo atende a grande parcela dos atributos considerados necessários à implantação de um contrato futuro. No entanto, pesam contra o lançamento deste contrato pela BM&F, o tamanho do mercado físico, considerado pequeno diante do tamanho do mercado de commodities cujos contratos têm obtido êxito em negociações na BM&F, e a intervenção governamental, que gera distorções nos preços de mercado. Em relação à avaliação do perfil dos agentes da cadeia tritícola no país, esta mostrou que há expressiva demanda por novos mecanismos de gerenciamento de risco de preços no setor; entretanto, não há tradição dos produtores e moinhos entrevistados na utilização de contratos futuros já negociados. Assim, considera-se que o lançamento do contrato futuro de trigo no Brasil é um movimento precipitado neste mercado.