Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Capitani, Daniel Henrique Dario |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11132/tde-15052013-102802/
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Resumo: |
O arroz é uma commodity de grande importância para o agronegócio brasileiro e alimento essencial para garantir a segurança alimentar de população de baixa renda do país. Porém, diferentemente de outras commodities de similar ou maior importância, o arroz não possui um contrato futuro em bolsa que auxilie seus agentes a uma melhor gestão do risco de preços. Neste sentido, este trabalho avaliou a viabilidade de implantação de um contrato futuro de arroz no Brasil. Para isso, a presente pesquisa foi dividida em três capítulos distintos. O primeiro avalia as condições primárias necessárias para a implantação de um novo contrato futuro no país, sob a ótica da literatura acerca do sucesso e fracasso de novos contratos futuros. Utilizando-se de uma revisão de literatura crítica, foi possível identificar que, embora a orizicultura apresente algumas condições favoráveis a um novo contrato, como por exemplo, tamanho de mercado potencial, homogeneidade do produto e concentração de mercado, outras características mostram-se inibidoras à sua liquidez, como, por exemplo, uma baixa diversificação do produto final e, principalmente, uma participação estatal ainda ativa no setor, com diferentes programas de subvenção à produção e comercialização do cereal, o que desestimularia a demanda pelo hedge por parte dos agentes beneficiados em tais programas. O segundo capítulo procurou mensurar o grau de risco de preços para os produtores de arroz e para os produtores de outras commodities com contratos futuros negociados em bolsa doméstica. A análise central baseou-se no cálculo de diferentes medidas de dispersão e de risco, como a volatilidade, coeficiente de variação, Lower Partial Moments, Value-at-risk e Conditional Value-at-risk. Para cada uma destas ferramentas, foram assumidos alguns benchmarks centrais para a mensuração do risco. A principal constatação é de que a atividade arrozeira possui o maior grau de risco de preço entre todas as culturas analisadas. Porém, a política de garantia de preços mínimos do governo atua como um importante mecanismo para redução deste risco aos produtores. Considerando esta política, o arroz ainda possui um grau de risco elevado, porém, a patamares semelhantes aos do milho. Por fim, o terceiro capítulo centrou sua discussão na análise de cross-hedge entre os preços à vista de arroz no Brasil com o contrato futuro de arroz de Chicago e os contratos futuros de culturas graneleiras na BM&FBOVESPA, milho e soja. Focando-se as análises no risco de base, na razão de hedge ótima e na efetividade do hedge, constatou-se que nenhum destes contratos futuros são suficientemente efetivos para atender aos agentes atuantes na orizicultura brasileira, não sendo capazes de gerar concorrência com um possível novo contrato de arroz a ponto de reduzir a sua liquidez. A conclusão final é de que o arroz é uma cultura com elevado grau de risco de preços e com a maior parte das condições favoráveis a um novo contrato. Porém, deve-se atentar à intervenção do governo no setor, a qual deve ser reduzida para permitir liquidez suficiente à sobrevivência deste contrato. |