Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Bhering, Leiliane Souza |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://locus.ufv.br//handle/123456789/27067
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Resumo: |
Os processos de transformações na família, decorrente das mudanças em curso da própria sociedade, evidenciaram que a pluralidade dos arranjos familiares e as mudanças nas relações familiares, mostraram famílias menos hierarquizadas e mais flexíveis. Diante desse cenário surge o interesse em pesquisar as famílias monoparentais, em especial a monoparental masculina. Assim, o principal objetivo desta pesquisa constituiu-se em traçar um perfil sociodemográfico das famílias monoparentais masculinas no Brasil e analisar as vivências e estratégias cotidianas construídas por pais monoparentais. Para tanto, optou-se pela associação entre a metodologia quantitativa e qualitativa. Os dados quantitativos permitiram traçar um perfil sociodemográfico das famílias monoparentais masculinas no Brasil a partir da PNAD do ano de 2005 e 2015, sendo a extração, o processo de tratamento e análise dos dados obtidos por meio do programa estatístico STATA – Data Analysis and Statistical Software, versão 14.0. Os dados qualitativos possibilitaram conhecer a riqueza das respostas dos sujeitos que compartilharam suas histórias e experiências cotidianas a partir da monoparentalidade masculina. Participaram das entrevistas quatro pais monoparentais residentes na cidade de Viçosa-MG. Os principais resultados permitiram constatar que as famílias monoparentais são uma realidade concreta no Brasil e não se pode negar o aumento dos domicílios monoparentais masculinos, sendo estes um fenômeno tipicamente urbano com maior expressividade na Região Sudeste; os responsáveis desses domicílios são homens mais velhos se comparados aos domicílios monoparentais femininos; a maior proporção é representada pelos solteiros e pelos viúvos; mais da metade dos responsáveis masculinos estavam inseridos no mercado de trabalho; nesses domicílios possuíam o maior percentual de filhos do sexo masculino e com a maior presença de adolescentes entre 15 a 19 anos de idade. Diante das histórias compartilhadas, conclui-se que diante das diferentes e particulares formas de entrada na monoparentalidade a decisão em constituir uma família monoparental masculina nem sempre surge dos pais, mas pode ser uma iniciativa do próprio filho ou filha. O reconhecimento da monoparentalidade masculina ainda causa um grande estranhamento para os pais que a vivenciam e para muitas outras pessoas. As estratégias traçadas por eles no cotidiano estão diretamente ligadas articulação entre trabalho e família, sendo as redes de apoio fundamentais para a organização familiar. Portanto, os significados trazidos pelas falas desses pais devem ser entendidos a partir das vivências e não por sua distribuição. Ou seja, as histórias compartilhadas nesse trabalho (e os dados referentes às PNADs) não retêm todos os aspectos da realidade em questão, mas exprimem o essencial dessa realidade, do ponto de vista dessa investigação. |