Composição e digestibilidade de alguns alimentos para suínos nas fases de crescimento e terminação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Hashimoto, Flávio Augusto Massakichi
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/11334
Resumo: Foram realizados quatro experimentos de ensaio metabólico com o objetivo de determinar a composição química, digestibilidade e valores energéticos de alguns alimentos para suínos nas fases de crescimento e terminação. O primeiro e o terceiro ensaios tiveram como objetivo, determinar a composição bromatológica, matéria seca (MS), matéria orgânica (MO), proteína bruta (PB), extrato etéreo (EE), amido (A), fibra bruta (FB), fibra em detergente neutro (FDN), fibra em detergente ácido (FDA) e matéria mineral (MM) e os valores de energia bruta (EB), energia digestível (ED), energia metabolizável (EM) e energia metabolizável corrigida pelo balanço de nitrogênio (EMc), assim como os coeficientes de digestibilidade da matéria seca (MS), matéria orgânica (MO), extrato etéreo (EE), fibra bruta (FB), fibra em detergente neutro (FDN) e fibra em detergente ácido (FDA) de 15 alimentos de origem vegetal: açúcar, farelo de algodão 28%, farelo de algodão 38%, farelo de arroz integral, amido de milho, quirera de arroz, raspa integral de mandioca, milho grão, glúten de milho 22%, glúten de milho 60%, farelo de soja 45%, soja integral extrusada, soja micronizada, farelo de trigo e sorgo para suínos em crescimento e terminação. Foram utilizados 180 suínos, machos castrados, sendo utilizados 90 animais em cada fase. Na fase de crescimento foram utilizados suínos com peso médio inicial de 34,51 ± 5,6 kg, e na fase de terminação com peso médio inicial de 72,44 ± 8,33 kg, distribuídos em um delineamento experimental inteiramente casualizado, em arranjo fatorial 2 x 15 (fases x tratamentos), com três repetições por tratamento e um animal por unidade experimental. Foi adotado o método de substituição com coleta total de fezes e urina para o ensaio metabólico. Observou-se variação na composição química entre os alimentos estudados. Esta variação é normal, principalmente quando levamos em conta a diversidade de origem destes alimentos. Houve efeito significativo (P < 0,05) do peso dos animais sobre os valores ED e EM, as médias das fases de crescimento e terminação e os respectivos coeficientes (em parênteses) de digestibilidade e metabolizabilidade foram respectivamente, 3502 ± 198 (82,00 ± 5,6) e 3614 ± 193(84,80 ± 4,6); 3350 ± 196 (78,50 ± 5,9) e 3490 ± 181(81,90 ± 4,3). Foram observadas diferenças entre as fases (P < 0,05), para CDMS e CDFB, sendo os valores médios observados na fase de terminação superiores aos da fase de crescimento, as médias das fases de crescimento e terminação foram respectivamente, 79,0 ± 4,4 e 81,9 ± 4,1; 40,1 ± 4,6 e 44,7 ± 4,7; também foi observada interação alimento x fase para os valores médios de cada fase, crescimento e terminação, seguem os nomes dos nutrientes e alimentos onde houve interação e os respectivos valores das médias nas fases de crescimento e terminação, CDFDN da soja integral extrusada, 78,5 e 88,0 e CDFDA do glúten de milho 22%, 51,6 e 61,0 e milho grão, 72,6 e 88,2. O segundo e quarto ensaios tiveram como objetivo, determinar a composição bromatológica, matéria seca (MS), matéria orgânica (MO), proteína bruta (PB), extrato etéreo (EE), fibra bruta (FB) e matéria mineral (MM) e os valores de energia bruta (EB), energia digestível (ED), energia metabolizável (EM) e energia metabolizável corrigida pelo balanço de nitrogênio (EMn) e os coeficientes de digestibilidade da matéria seca (MS), matéria orgânica (MO), proteína bruta (PB) e extrato etéreo (EE), de alguns alimentos de origem animal, do óleo de soja e sebo bovino: farinha de carne e ossos 38% e 41%, farinha de peixe, farinha de penas, farinha de vísceras de aves, óleo de soja e sebo bovino. Foram utilizados 84 suínos machos castrados, sendo utilizados 42 animais em cada fase. Na fase de crescimento foram utilizados suínos com peso inicial de 34,51 ± 5,6 kg, e na fase de terminação com peso inicial de 72,44 ± 8,33 kg, distribuídos em um delineamento experimental inteiramente casualizado, em arranjo fatorial 2 x 7 (fases x tratamentos), com três repetições por tratamento e um animal por unidade experimental. Foi adotado o método de substituição com coleta total de fezes e urina para o ensaio metabólico. A variação na composição química dos alimentos de origem animal foi superior à observada quando foram estudados os alimentos de origem vegetal. Não houve efeito significativo (P > 0,05) do peso dos animais sobre os valores ED, EM e EMn, no entanto observou-se que ocorreu tendência a aumento dos valores de ED, EM e EMn para os animais em terminação. Observou-se diferença significativa (P < 0,05) para o CDMO, sendo a média da fase de terminação 79,3 ± 9,2 superior ao da fase de crescimento 71,2 ± 3,8. Não foram observadas diferenças entre as fases (P > 0,05), para o CDMS, CDPB e CDEE. Demonstrando que os animais, embora de pesos diferentes (34,5 e 74,4 kg), apresentaram capacidade digestiva semelhante. No entanto houve na maioria dos casos tendência para um melhor aproveitamento dos nutrientes pelos animais da fase de terminação comparados aos animais da fase de crescimento.