Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Miranda Guevara, Alvaro de Jesus |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/7557
|
Resumo: |
No Brasil o Cerrado e considerado como o segundo maior bioma, abrangendo cerca de 2 milhões de km2, com uma diversidade de paisagens as quais podem estar constituídas por diferentes fisionomias de vegetação vinculadas a fatores físicos e fisiográficos, ou por um mesmo tipo de vegetação com distintos padrões de composição florística. Esta diversidade de paisagens determina uma grande diversidade florística no Cerrado possuindo aproximadamente 12.000 espécies vegetais, das quais 4000 tem sido consideradas como endêmicas. A família Leguminosae aparece como uma das mais importantes em número e riqueza de espécies, reunindo quase o 25 dos tãxons para a flora vascular do Cerrado. Muitas especies desta família possuem importante papel ecológico, pois através de uma simbiose com microrganismos são capazes de adicionar nitrogênio reativo ao sistema mediante a fixação biológica do nitrogênio (FBN), promovendo a acidificação do solo durante este processo. Em condições de solos ácidos como no Cerrado o alumínio que geralmente é insolúvel e não se encontra disponível para participar em reações biogeoquímicas se solubiliza e tem a entrada nas raízes das plantas favorecida. Vãrias especies de Cerrado apresentam o conteúdo de alumínio igual ou maior de 1 g kg"1 na matéria seca, sendo designadas como acumuladoras de alumínio. Em virtude do efeito de acidificação do solo causado pelas leguminosas no processo de FBN, foi testada neste trabalho a hipótese de que existe uma correlação positiva entre estes dois grupos funcionais: leguminosas e acumuladoras de alumínio (Ai) no Cerrado. O trabalho foi desenvolvido na Floresta Nacional (FLONA) de Paraopeba (MG), onde existem diferentes fitofisionomias com distintas classes de solo. Em cada classe de solo foram instaladas 3 parcelas de 20 x 100 m, que foram divididas em 5 transectos de 20 x 20 m, registrando-se todos os indivíduos do estrato arbustivo-arbóreo com circunferência a altura do solo (CAS) maior que 10 cm, alem disso foram avaliados dados de teor de nutrientes no solo e luz em cada parcela. Foi realizada uma análise de associação entre as variáveis ambientais (solo e luz) com a distribuição dos dois grupos funcionais nas diferentes fitofisionomias. Também foram feitas análises de correlação entre a abundância de leguminosas e abundância de acumuladoras de Al. Foram aplicados modelos lineares generalizados entre variáveis ambientais e abundância de espécies das leguminosas e acumuladoras de Al e feitos testes histoquímicos para verificar o acúmulo de alumínio nos tecidos das leguminosas. Os testes histoquímicos não evidenciaram acúmulo de alumínio nos órgãos vegetativos das leguminosas. Segundo as análises de associação, a luz e o alumínio foram as variáveis mais relacionadas com a distribuição das leguminosas e espécies acumuladoras de Al no Cerrado da FLONA de Paraopeba. As leguminosas mostraram uma relação negativa com luz e a maioria das acumuladoras de Al evidenciaram uma relação positiva, no entanto duas espécies das acumuladoras de Al mostraram uma relação negativa com este fator. Assim o grupo funcional das acumuladoras de Al foi dividido em dois: acumuladoras de Al tolerantes ao sombreamento (Relação negativa com luz) e acumuladoras de Al não tolerantes ao sombreamento (Relação positiva com luz). As análises de correlação entre a abundância dos dois grupos evidenciaram uma correlação positiva entre leguminosas e acumuladoras de alumínio tolerantes ao sombreamento, no entanto uma correlação negativa com as não tolerantes ao sombreamento, com isso, a hipótese de correlação positiva com as acumuladoras de alumínio foi rejeitada. No entanto, e aceita, se considerarmos a relação das leguminosas com o grupo de acumuladoras de Al tolerantes ao sombreamento. |