Influência da saturação por bases e do fósforo no crescimento e nutrição mineral de mudas de angico-branco e garapa

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2002
Autor(a) principal: Gomes, Keli Cristina de Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Manejo Florestal; Meio Ambiente e Conservação da Natureza; Silvicultura; Tecnologia e Utilização de
Mestrado em Ciência Florestal
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/3193
Resumo: A Mata Atlântica, Patrimônio Nacional pela Constituição Federal de 1988, é o bioma mais debatido e conhecido do Brasil. Possui uma grande estrutura legal de proteção, nos níveis federal, estadual e municipal. Já cobriu cerca de 1 milhão de km2 e hoje está reduzida a 10% da área original. Atualmente, os programas de revegetação e/ou recuperação têm buscado explorar o potencial de espécies nativas, por estas se adaptarem melhor às condições edafoclimáticas e facilitarem o restabelecimento do equilíbrio entre a fauna e a flora. Este trabalho teve por objetivo avaliar o desempenho inicial das espécies angico-branco (Anadenanthera colubrina (Vellozo) Brenan) e garapa (Apuleia leiocarpa (Vogel) Macbride), em condições diferenciadas de disponibilidade de fósforo no solo e de saturação por bases. Os tratamentos foram representados por um fatorial de 6 níveis de P ( 0, 100, 200, 300, 400 e 500 mg/dm3) por 5 níveis de saturação por bases (original (24%), 40, 50, 60 e 70%), sendo dispostos no delineamento em blocos ao acaso, com cinco repetições. A unidade experimental constituiu-se de um vaso de polietileno rígido, contendo cada um, 2 quilos de solo. Além dos tratamentos acima citados, realizou-se uma adubação básica com N, K, S e micronutrientes, e ainda três adubações nitrogenadas aos 35, 70 e 105 dias após a semeadura. Aos 120 e 170 dias após a semeadura, para a garapa e para o angico-branco, respectivamente, foram feitas medições de altura e diâmetro do coleto de todas as plantas, encerrando-se o experimento. As plantas foram colhidas, separadas em parte aérea e raiz, secas em estufa com circulação forçada de ar a uma temperatura próxima a 70°C até atingir peso constante, pesadas e moídas, sendo, posteriormente, analisadas quimicamente. A adição da mistura corretiva ao substrato não apresentou resposta significativa por parte das espécies estudadas. Essa falta de resposta pode estar relacionada ao fato de que os teores de Ca (0,9 cmolc/dm3) e de Mg (0,4 cmolc/dm3), contidos no solo utilizado, tenham sido suficientes para suprir as necessidades das plantas nesta fase. Por outro lado, observou-se que, tanto o angico-branco como a garapa respondem positivamente à aplicação de P. Considerando-se a saturação por bases de 40%, as doses de P que proporcionaram 90% de produção máxima, com base na produção de matéria seca da parte aérea, foram de 127 mg/dm3 para o angico-branco e de 191 mg/dm3 para garapa. Os níveis críticos de P no solo, pelo extrator Mehlich-1, foram de 13,9 e 32,5 mg/dm3 e na parte aérea de 0,14 e 0,15 dag/kg, para o angico-branco e para garapa, respectivamente.