Determinantes da violência doméstica contra a mulher no Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Martins, Jayne Cecília
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/12860
Resumo: Nas últimas décadas, o fenômeno da violência tem se tornado um problema cada vez mais grave, impactando em todo o mundo. A vitimização pode ocorrer de diversas formas, através de homicídios, agressões físicas, verbais, psicológicas e/ou sexuais; sendo que o perfil do agressor varia conforme o gênero. Nesse sentido, quando as vítimas são mulheres, a violência geralmente é cometida por homens, particularmente do seu ambiente social, caracterizando-se como violência doméstica. No Brasil, segundo a UNODC (2013), mais de 50% dos homicídios femininos foram cometidos por um homem que possuía alguma relação com a vítima. Além disso, em pesquisa da ONU realizada em 2010, constatou-se que 34% do total das mulheres brasileiras haviam sido vítimas de violência doméstica. Diante desses fatos, questiona-se: quais são os principais determinantes da violência doméstica contra a mulher? Além disso, quais fatores mais impactam na probabilidade de vitimização: individuais ou do ambiente social? Assim, o objetivo do presente estudo é analisar os determinantes das agressões físicas domésticas no Brasil, levando em consideração a hierarquia das informações: características da mulher, de sua família e da unidade da federação de residência. Para cumprir tal objetivo, foi estimado um modelo logístico hierárquico com dois níveis: individual e agregado (a nível estadual). Os principais resultados demonstram que a idade da mulher, os anos de estudo, a renda e emprego do marido se correlacionam negativamente com a probabilidade de ser vitimada. Já o fato da mulher ter filhos e seu estado civil se correlacionam positivamente com a vitimização. Com relação às variáveis do segundo nível, constatou-se que a presença de mecanismos de proteção à mulher gera mais denúncias de violência, o que se correlaciona positivamente com a probabilidade da mesma ser vitimada. Através dos resultados percebe-se a necessidade de políticas públicas de combate e prevenção à violência contra a mulher no Brasil.