Você não pode me ignorar, eu estou aqui! Narrando com os cotidianos de uma escola

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Carvalho, Carolina Alvarenga de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/24501
Resumo: Esta pesquisa teve como objetivo seguir as produções identitárias, o diferente no cotidiano escolar e também a possível emergência da diferença no contexto de uma turma de nono do ensino fundamental. Dessa forma acompanhei os cotidianos, em minhas próprias aulas, nesta turma em uma escola pública do município de Viçosa - MG durante quatro meses. Atentando para as relações estabelecidas entre as produções identitárias perante a normatividade escolar, apresentando a potência da criatividade do ser humano para produzir resistências e criar outras formas de agir e existir. Os registros destes cotidianos foram feitos com um gravador e também em caderno de notas. Por ser uma pesquisa em minhas próprias turmas também possibilitou auto reflexões acerca dos incômodos e impactos das relações produzidas nesta sala em mim, enquanto pessoa e professora. No primeiro capítulo explico a opção pelas narrativas em formato de cartas. No segundo capítulo escrevo sobre os motivos da escolha deste tema, a opção por fazer pesquisa da própria prática, descrevo os procedimentos metodológicos da pesquisa com o cotidiano, as características desta escola, da turma em questão, indicando que em uma pesquisa com o cotidiano todos os tempos e espaços possíveis fazem parte da pesquisa, assim como todos os praticantes dos cotidianos desta instituição. No terceiro capítulo narro acontecimentos que remetem o diferente no espaço escolar, discuto os movimentos de resistência como forma de criar modos de escapar as normatividades escolares. Narro a emergência da diferença como um movimento sem lei que me deixou sem resposta. O terceiro capítulo traz as normas criadas pelos próprios estudantes, narrando cenas que demonstram que a criação de padrões não ́e apenas institucional, imposta do maior ao menor, mas que temos naturalizados em nós a necessidade de padronizar, classificar e hierarquizar as pessoas. No quarto capítulo narro situações em que as políticas públicas influenciam nos cotidianos escolares, denunciando as dificuldades criadas pela ausência de políticas públicas a longo prazo comprometidas com a educação pública de qualidade. No quinto e último capítulo encerro esta dissertação explicando a escolha pelo tipo de texto, os desafios de se fazer pesquisa com os cotidianos e da própria prática, e os afetamentos que esta pesquisa causou em mim. E concluo destacando que a relevância desta pesquisa consiste em convidar para uma outra discussão sobre o diferente, que extrapole a lógica da aceitação e da normalização dos indivíduos.