Educação infantil no município de Juiz de Fora: múltiplas dimensões de um campo social
Ano de defesa: | 2008 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Economia familiar; Estudo da família; Teoria econômica e Educação do consumidor Mestrado em Economia Doméstica UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/3309 |
Resumo: | A pesquisa apresentada nessa dissertação elaborou uma análise acerca da constituição do campo do atendimento à infância especificamente no município de Juiz de Fora, Minas Gerais. A partir de processos históricos e políticos, procurou mapear o atendimento oferecido no período de 1978 - 1988, com vistas a identificar os agentes sociais desse campo, com especial atenção aos movimentos sociais. A partir da opção pela pesquisa de cunho qualitativo com perfil exploratório, analisou os dados constantes na base de dado documental constituída por documentos oficiais e técnicos, bem como por periódicos de circulação regional diária - Diário Mercantil, Tribuna de Minas e Tribuna da Tarde - além do jornal Unibairros produzido pelo movimento social de mesmo nome. O estudo revelou uma variedade de agentes sociais das quais os grupamentos identificados foram: poder público em suas três esferas - municipal, estadual e federal; as entidades assistenciais ligadas, em sua maioria, à confissões religiosas, mormente a Católica; movimentos sociais; organismos internacionais e, instituições privadas. Possuindo interesses dos mais diversos, os agentes sociais assumiram matrizes que cambiavam entre assistência e educação da infância revelando a multidimensionalidade do atendimento, bem como a própria particularidade daquela categoria geracional. O embate categórico existente entre o cuidar e o educar, contribuiu para polarizar creche e pré-escola cindindo sua função social - uma substituir o lar outra preparar para 1ª série. Por prioridade política e econômica, definiu-se o atendimento de demanda, cujo atendimento em creches voltou-se, preferencialmente às crianças de zero a três anos e em pré-escolas, às crianças de quatro a seis anos. As conclusões permitiram perceber também, o envolvimento diferenciado dos vários órgãos e entidades que atendiam à infância: as creches ficaram sob égide da Associação Municipal de Apoio Comunitário, ligada diretamente aos órgãos da assistência e promoção social, ao passo que as unidades de pré-escolas ficaram sob responsabilidade dos setores educacionais do município - quadro que ainda persiste nos dias atuais - estando em desacordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação. A disputa pela competência do atendimento gerada pelo embate entre o assistencial e o educacional permitiu apreender a multidimensionalidade na qual a Educação Infantil juizforana vem se constituindo. |