Seleção de linhagens de feijoeiro resistentes à mancha-angular assistida por marcadores moleculares e identificação de novas fontes de resistência

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2002
Autor(a) principal: Oliveira, Eder Jorge
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
SAM
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/10277
Resumo: A mancha-angular, causada pelo fungo Phaeoisariopsis griseola, é uma das principais doenças do feijoeiro, provocando perdas que podem chegar a 70% da produção no Brasil. Para o controle da doença, o uso de cultivares resistentes é uma medida eficiente, prática e econômica, no entanto, a alta variabilidade patogênica de P. griseola dificulta o trabalho dos melhoristas. Neste caso, a estratégia de piramidação de genes de resistência, pode ser utilizada, buscando-se uma resistência mais duradoura. Este trabalho teve como principais objetivos, a obtenção de linhagens de feijoeiro com grãos tipo carioca e resistentes à mancha- angular, além da caracterização de 58 cultivares de feijoeiro quanto a esta doença. Na geração RC 2 F 2 do cruzamento Rudá x México 54, procedeu-se a seleção de plantas resistentes por meio de inoculação com a raça 63.19 de P. griseola, bem como pelo uso do marcador SCAR OPN02 890 . Estas, geraram 15 famílias RC 2 F 2:3 com grãos tipo carioca, as quais foram avaliadas em teste de progênie, identificando-se duas famílias como homozigotas para o gene de resistência. A partir da análise das distâncias genéticas por marcadores RAPD, foram selecionadas quatro linhagens RC 2 F 3 com distâncias genéticas relativas em relação ao genitor Rudá variando de 8,38 a 11,26%. Para o cruzamento Rudá x MAR-2, utilizou-se a raça 63.39 de P. griseola e o marcador RAPD OPE04 500 na geração RC 1 F 2 , para seleção de plantas resistentes. Foram selecionadas dezenove famílias RC 1 F 2:3 com grãos tipo carioca, para o teste de progênie. Destas, foram selecionadas duas como resistentes homozigotas. Quatro linhagens RC 1 F 3 foram selecionadas com auxílio de marcadores RAPD, com distâncias genéticas relativas variando de 11,73 a 14,17% em relação à cultivar Rudá. Na geração RC 1 F 2 do cruzamento entre Rudá x BAT 332, plantas resistentes foram selecionadas, por meio do marcador RAPD OPAO12 950 . Selecionaram-se dezessete famílias RC 1 F 2:3 que possuíam grãos do tipo carioca para o teste de progênie. Por este teste, foram selecionadas 5 famílias como homozigotas resistentes. Seis linhagens RC 1 F 3 foram selecionados pela análise por RAPD, com distâncias genéticas relativas variando de 13,94 a 14,14% em relação ao Rudá. Na caracterização de 58 cultivares de feijoeiro quanto à reação às raças 63.19, 31.15, 63.55 e 63.23 de P. griseola, as cultivares Antioquia 8 e CAL 143, ambas de origem andina e Equador 299 e México 235, de origem mesoamericana, apresentaram resistência às quatro raças testadas. O uso de cultivares andinas e mesoamericanas em programas de melhoramento visando resistência à mancha- angular é importante, devido às evidências de coevolução patógeno-hospedeiro. Desta forma, Antioquia 8, CAL 143, Equador 299 e México 235 podem ser úteis em tais programas. Todos as outras cultivares possuem algum nível de suscetibilidade às quatro raças de P. griseola estudadas. Os mais suscetíveis foram: AB 7419, AN 9022180, Aporé, Bambuí, Carioca 80, CNC, CNF 9287, Diamante Negro, Earlly Gallatin, Jamapa e KW 780.