Seleção, caracterização e comportamento de isolinhas de feijoeiro-comum resistentes à ferrugem, antracnose e mancha-angular

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2001
Autor(a) principal: Ragagnin, Vilmar Antonio
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/11056
Resumo: Isolinhas de feijoeiro-comum obtidas por cruzamentos em que o cultivar Rudá foi o genitor recorrente foram inoculadas com diferentes patótipos de ferrugem, antracnose e mancha-angular, analisadas com marcadores moleculares de DNA e avaliadas por meio de características quantitativas. As inoculações feitas em isolinhas RC n F 2:3 indicaram que as proporções entre as famílias heterozigotas e homozigotas para a resistência foram 2:1 em todos os cruzamentos. Para resistência à ferrugem e antracnose simultaneamente, foram selecionadas 13 isolinhas do retrocruzamento Rudá x Ouro Negro. Para resistência à antracnose, foram selecionadas, ainda, outras 16 isolinhas, sendo 10 isolinhas provenientes do retrocruzamento Rudá x TO e seis do retrocruzamento Rudá x AB 136. Cinco isolinhas homozigotas do retrocruzamento Rudá x AND 277 foram selecionadas para resistência à mancha-angular. De todas as isolinhas homozigotas, foram selecionadas aquelas geneticamente mais próximas do genitor recorrente, pela utilização de marcadores RAPD (Random Amplified Polymorphic DNA). Essas isolinhas foram utilizadas para avaliar a reação de resistência a ferrugem, antracnose e mancha-angular causadas pelos patótipos Uromyces appendiculatus, Colletotrichum lindemuthianum e Phaeoisariopsis griseola , respectivamente. A s isolinhas ON-25-99 e ON-48-99 se comportavam como resistentes a todos os patótipos de ferrugem inoculados. As isolinhas TO-41-5-6-24 e AB-74-1-13 foram resistentes a todos os patótipos de antracnose testados. A isolinha AN-7-2-9-4-6 foi resistente aos seis isolados de mancha-angular testados. As isolinhas mais próximas geneticamente do recorrente foram caracterizadas com marcadores moleculares fortemente ligados aos genes de resistência dos genitores doadores. Treze marcadores foram testados, e oito deles (OPAZ20 940 , OPB03 1800 , OPH13 490 , ScarBA08 560 , ScarF10 1050 , OPX11 630 , OPY20 830 e Satt174) podem ser potencialmente utilizados para dar continuidade ao processo de piramidização dos genes de resistência no cultivar Rudá. Os outros cinco marcadores sofreram recombinação no processo de retrocruzamento. As isolinhas foram, ainda, testadas para características quantitativas, em que foram estimados diferentes parâmetros genéticos, correlações fenotípicas, genotípicas e ambientais e efeitos diretos e indiretos de cada característica sobre a produção, mediante o uso da análise de trilha conduzido em dois ambientes diferentes. Os caracteres “número de vagens por planta” e “número de sementes por vagem” apresentaram maiores correlações genotípicas com a produção por planta. A média das características e a precisão experimental foram semelhantes nos dois ensaios. Os resultados encontrados neste trabalho são importantes para dar continuidade ao processo de piramidização de genes visando à resistência a ferrugem, antracnose e mancha- angular no cultivar Rudá atualmente sendo conduzido pelo BIOAGRO/UFV.