Poder de mercado na indústria brasileira de esmagamento de soja

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: Carvalho, Lucineia Hipólito
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/9059
Resumo: Este trabalho tem por objetivo analisar os impactos das mudanças estruturais na indústria de esmagamento de soja sobre o desempenho econômico do complexo de soja, no início do século XXI. Verificou-se que a tendência de concentração da indústria esmagadora de soja, já identificada em trabalhos referentes à década de 90, acentuou-se no início da década de 2000. Os resultados da análise do poder de mercado deram suporte à hipótese de exercício de poder monopsônico na compra de soja em grão. Além disso, a capacidade ociosa e a distância entre os estados e os portos mostraram-se significativas e apresentaram os efeitos esperados. Portanto, os resultados sugerem que tem sido viável, para as empresas processadoras, o exercício de poder de mercado em relação aos produtores de soja. Além disso, o fato de o exercício de poder de mercado estar sendo restringido nos mercados em que há maior capacidade ociosa por parte da indústria, sugere que o exercício de poder se dá de maneira menos intensa onde os processadores possuem menor poder de barganha em relação aos produtores. Neste sentido, estratégias de ação conjunta na comercialização de soja em grão, via cooperativas ou outras formas de parcerias entre os produtores, poderia ser uma forma eficaz de confrontar o crescente aumento de poder da indústria esmagadora.