Comportamento locomotor e uso da cauda de muriqui-do-norte Brachyteles hypoxanthus Wied, 1820 (Primates, Atelidae) em cativeiro e suas implicações para o manejo da espécie
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
Biologia Animal |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://locus.ufv.br//handle/123456789/29602 https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2022.304 |
Resumo: | A locomoção característica de Brachyteles hypoxanthus (muriqui-do-norte) aliado à uma cauda preênsil altamente funcional considerada como quinto membro, traz a esse primata grandes vantagens para a vida arborícola. Estudos etológicos com B. hypoxanthus em vida livre são frequentemente realizados, mas pouco se sabe sobre o comportamento da espécie em ambiente cativo. Com o objetivo de aumentar o conhecimento comportamental da espécie em cativeiro para realização de ações e tomada de decisões precisas que envolvem a conservação da espécie, procuramos entender como esses animais se locomovem e o modo como utilizam a cauda. O estudo foi realizado em um cativeiro composto por dois ambientes, recinto de aclimatação (RA) e área de mata (MA), localizado em uma propriedade privada no entorno do Parque Estadual de Ibitipoca, Minas Gerais, Brasil. Verificamos se houveram divergências no comportamento dos indivíduos em função do ambiente que o grupo estava inserido dentro do cativeiro para compreender os efeitos relacionados ao tamanho e estrutura do ambiente atuantes nos comportamentos. O grupo estudado variou de quatro a seis indivíduos (2 machos adultos, 2 fêmeas adultas, 1 fêmea sub-adulta e um infante) durante o período de coleta de dados, que foi de junho de 2019 a fevereiro de 2021. As observações foram realizadas pelos métodos Animal Focal e Scan Sampling. O comportamento locomotor e as posturas de cauda exercidas variaram de acordo com o ambiente. A sazonalidade influenciou a locomoção por escalada e a utilização da cauda na posição solta. As diferenças encontradas no comportamento locomotor/postural de cauda desempenhados entre os ambientes podem estar relacionadas à estrutura do recinto de aclimatação, ao espaço disponível para locomoção e a disponibilidade de alimento. Observamos que as condições mínimas constantes na Instrução Normativa do IBAMA que diz respeito à fauna silvestre em cativeiro, relacionadas aos recintos fechados para Ateles, Brachyteles e Lagothrix, precisam ser revistas. Palavras-chave: Cauda-preênsil. Locomoção. Muriqui |