Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Siman, Veronica Andrade |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/11638
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Resumo: |
Os roedores constituem a maior ordem de mamíferos do mundo, representando no Brasil, 36% da mastofauna. São animais encontrados em todos os habitat, apresentando grande importância na manutenção e dinâmica das florestas que habitam. Nosso conhecimento sobre a biologia e fisiologia da reprodução desses mamíferos silvestres é ainda muito limitado. A descrição de parâmetros espermatogênicos é de grande importância para a elaboração de políticas de conservação que previnam a extinção ou melhore o manejo das mesmas. Assim, objetivou-se descrever histomorfometricamente o compartimento tubular e intertubular dos testículos de Kannabateomys amblyonyx, enfatizando também a dinâmica da espermatogênese. Este é o primeiro estudo que avaliou a morfometria testicular deste representante da família Echimyidae, sendo esta a única espécie representante do gênero encontrada no Brasil. Foram utilizado sete animais capturados em regiões de Mata Atlântica, na Zona da Mata, em Minas Gerais, através de esforço ativo de captura por arma de pressão, sendo as capturas autorizadas previamente pelo IBAMA (Licença 37986-2). Um dos testículos foi incluído rotineiramente em historesina, seccionado e corado sendo obtidas imagens em microscopia de luz para realização de análises morfométricas. O outro testículo teve sua túnica albugínea retirada e pesada para obtenção do peso do parênquima testicular. O peso corporal foi de 418,43g, dos quais 0,41% estão alocados em gônada (IGS) e destes 0,38% em túbulo seminífero (ITS). Em torno de 93% do parênquima testicular são ocupados por túbulo seminífero, sendo 84% de epitélio, 2,5% de túnica própria, e 6,5% de lúmen. Os túbulos seminíferos apresentaram diâmetro de 214,23μm, e 72,68μm de altura de epitélio. Esses roedores possuem 21,62m de túbulo seminífero por testículo, e 12,92m por grama de testículo. Foram identificados 8 estádios do ciclo do epitélio seminífero, com associações celulares bem definidas, sendo o estádio Ι o mais frequente ao contrário do estádio IV. Foram contabilizadas, 0,47 espermatogônias A, 11,78 espermatócitos em preleptóteno, 3,81 em zigóteno, e 14,31 em paquíteno, além de 32,19 espermátides arredondadas, e 6,23 células de Sertoli. Os índices mitóticos e meióticos mostraram perdas de 60% e 43%, respectivamente, e o rendimento geral da espermatogênese foi de 69,73 células germinativas. A capacidade total suporte das células de Sertoli foi de 10,03 células sendo de 5,17 para espermátides arredondadas. O número de célula de Sertoli, por testículo e por grama de testículo, foi de 44,98x10 6 e 53,32x10 6 , respectivamente. A reserva espermática testicular foi de 274,40. O intertúbulo, que constitui em torno de 7% do parênquima, é ocupado em sua maior parte por células de Leydig, possibilitando um índice Leydigossomático de 0,02%. O intertúbulo foi ocupado por 79,88% células de Leydig, 3,28% de espaço linfático, 6,26% de vasos sanguíneos, 1,56% de macrófagos, 0,53% de mastócitos e 8,48% de tecido conjuntivo. Esses percentuais equivalem a 5,10; 0,22; 0,43; 0,10; 0,005 e 0,54% do parênquima testicular, respectivamente. Existem em média 33,46x10 6 células de Leydig por testículo e 40,32x10 6 por grama de testículo. Essas células possuem um volume de 1.280,99μm3, sendo 213,19μm3 nucleares e 1.067,80μm3 citoplasmáticos. A organização dos componentes do compartimento intertubular, corresponde ao padrão tipo III descrito por Fawcett. |