Níveis de suplementação para novilhos da raça Nelore terminados a pasto na região centro-oeste durante o período da seca
Ano de defesa: | 2007 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Genética e Melhoramento de Animais Domésticos; Nutrição e Alimentação Animal; Pastagens e Forragicul Mestrado em Zootecnia UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/5841 |
Resumo: | A presente dissertação foi elaborada a partir de dois experimentos que avaliaram o efeito de seis níveis de suplementação sobre o desempenho produtivo, rendimento e acabamento de carcaça, o consumo e a digestibilidade em novilhos. No primeiro experimento, foram avaliados o peso, o ganho de peso e as características de carcaça de novilhos Nelore, suplementados com diferentes níveis de proteína e energia na fase de terminação durante o período seco, e a disponibilidade dos componentes da pastagem. O experimento foi implantado em pastagem de braquiária (Brachiaria brizantha, cv. Marandu), em 12 piquetes de 9 ha. Foram utilizados 96 novilhos Nelore com 30 meses e peso inicial de 412±16 kg. Os animais foram distribuídos de forma aleatória em 12 lotes de oito animais. Cada lote foi alojado em um piquete, sendo pesados no início e a cada 21 dias, durante 84 dias. Foram utilizados níveis crescentes de dois tipos de suplementos, à base de milho ou farelo de soja: 0,25, 0,5, 1,0, 2,0 e 4,0 kg/animal/dia, além de dois grupos-controle recebendo apenas mistura mineral. Cada tipo de suplemento, à exceção do controle, apresentou níveis decrescentes de proteína bruta (87,4 a 25,0% para os suplementos à base de milho; e 110,8 a 31,9% da matéria seca para os suplementos à base de farelo de soja) e proporções de mistura mineral:uréia:farelos de 25:25:50, 15:15:70, 10:10:80, 5:5:90 e 2,5:2,5:95 para os tratamentos 0,25, 0,5, 1,0, 2,0 e 4,0 kg/animal/dia, respectivamente. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado e os tratamentos foram avaliados pela análise de regressão. A proporção de colmo e folha seca aumentou no decorrer dos períodos experimentais caracterizados pelo déficit hídrico da estação seca da região. Houve efeito linear crescente sobre peso vivo final, ganho de peso médio diário e ganho médio por período, em função do consumo de suplemento, e ganho de peso, em função do consumo de proteína bruta e nutrientes digestíveis totais para ambos os tipos de suplementos. Para a característica ganho médio diário não houve efeito de tipo de suplemento. Houve efeito linear crescente sobre o peso de carcaça e espessura de gordura subcutânea para os dois tipos de suplementos. Para o rendimento de carcaça houve efeito linear crescente para os suplementos à base de farelo de soja e efeito quadrático para os suplementos à base de milho. O segundo experimento avaliou o efeito da suplementação com diferentes níveis de proteína e energia sobre o consumo e a digestibilidade aparente total em novilhos Nelore terminados em pastagem no período da seca. O experimento foi implantado em pastagem de Panicum maximum cv. Tanzânia, em oito piquetes de 1 ha. Foram utilizados oito novilhos Nelore com 30 meses e peso médio inicial de 440 kg. Os animais foram distribuídos em dois quadrados latinos 4 x 4 (quatro níveis de suplementação e quatro períodos). Foram utilizados níveis crescentes de dois tipos de suplementos, à base de milho ou farelo de soja: 0,0, 1,0, 2,0 e 4,0 kg/animal/dia, sendo o 0,0 o tratamento-controle - mistura mineral. Cada tipo de suplemento, à exceção do controle, apresentou níveis decrescentes de proteína bruta (42,6 a 52,0% para os suplementos à base de milho; e 57,5 a 31,9% da matéria seca para os suplementos à base de farelo de soja) e proporções de mistura mineral:uréia:farelos de 10:10:80, 5:5:90 e 2,5:2,5:95 para os tratamentos 1,0, 2,0 e 4,0 kg/animal/dia, respectivamente. Os períodos experimentais constituíram-se de 16 dias cada um, num total de 64 dias. O consumo e a digestibilidade foram determinados por meio da relação entre a quantidade de matéria seca fecal excretada por meio do uso de um indicador externo (óxido crômico - Cr2O3) e um indicador interno (FDAi). Os delineamentos experimentais foram em quadrados latinos 4 x 4 e os tratamentos foram avaliados pela análise de regressão. Houve efeito linear crescente para o consumo de matéria seca em kg/animal/dia e % do PV, consumo de proteína bruta, consumo de extrato etéreo, consumo de fibra em detergente neutro e consumo de nutrientes digestíveis totais, e não houve efeito sobre o consumo de pastagem, para ambos os tipos de suplemento. Para o consumo de carboidratos não-fibrosos houve efeito linear crescente para os suplementos à base de milho e não houve efeito para os tratamentos à base de farelo de soja. Para as dietas à base de milho houve efeito linear crescente para os coeficientes de digestibilidade aparente total da matéria seca e fibra em detergente neutro. Para os coeficientes de digestibilidade da proteína bruta, extrato etéreo e carboidratos não-fibrosos não houve efeito. Para os suplementos à base de farelo de soja houve efeito linear crescente para os coeficientes de digestibilidade da matéria seca, proteína bruta, extrato etéreo e fibra em detergente neutro, e não houve efeito para os carboidratos não-fibrosos. |