A Escola Família Agrícola Dom Luciano e o movimento de resistência político pedagógico na educação do campo
Ano de defesa: | 2024 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
Educação - Mestrado Profissional |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://locus.ufv.br/handle/123456789/32846 https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2024.309 |
Resumo: | A Escola Família Agrícola Dom Luciano (EFA Dom Luciano) é um espaço educativo fundamentado nas práticas pedagógicas da Educação do Campo, que proporciona às/aos jovens camponesas/es o Ensino Médio integrado ao Curso Técnico em Agropecuária com ênfase em Agroecologia. Por meio da Pedagogia da Alternância, busca promover a formação integral da/o educanda/o, necessária ao desenvolvimento de suas potencialidades no campo profissio na l, político e cultural, para que possa realizar bem o seu projeto de vida e contribuir com a melhor ia do meio social em que vive, fortalecendo a Agricultura Familiar. Desde a sua fundação em 2012, a escola vem enfrentando diversos desafios pedagógicos, financeiros e organizativos, tais como a falta de recursos para o desenvolvimento de suas atividades pedagógicas, a falta de compromisso de sua direção, o atraso no pagamento dos monitores e documentações pendentes na Superintendência Regional de Ensino. O agravamento de tais problemas/desafios fez com que a EFA Dom Luciano chegasse a uma situação difícil e complicada em 2021, correndo o risco de ter que finalizar suas atividades e fechar as portas. Diante de tal problemática, o presente trabalho buscou identificar a potencialidade do movimento político pedagógico promovido por educadoras/es do campo como processo de resistência ao risco de fechamento vivenciado pela escola. Trata-se de pesquisa participante qualitativa, desenvolvida com o protagonismo dos sujeitos que participam da dinâmica de funcionamento da escola. Foram realizadas Rodas de Conversa para o reconhecimento dos problemas enfrentados pela escola e para o planejame nto e a avaliação coletiva dos mutirões voltados à sua revitalização. Foram feitas entrevistas semiestruturadas com as/os educadoras/es do campo envolvidas/os nos processos, buscando identificar os princípios político-pedagógicos e as aspirações que orientaram as suas ações. Foi utilizado o Diário de Campo para o registro de memórias, percepções e informações pertinentes ao desenvolvimento da pesquisa. Verifica-se com base na análise dos dados que as ações promovidas resultaram na partilha de saberes técnicos, populares, políticos e culturais entre os sujeitos envolvidos. Além disso, favoreceram a tomada de consciência quanto aos desafios enfrentados pelas escolas do campo, consolidaram a unidade entre as pessoas dispostas a cuidar da escola e possibilitaram conquistas importantes para o fortalecimento organizativo, estrutural, político e pedagógico da EFA Dom Luciano. Os mutirões consolidaram um relevante movimento formativo de resistência política, que reafirmou na prática o potencial do trabalho socializado e do sujeito coletivo na luta pela Educação do Campo emancipatória. Como produto educacional, foi produzida uma revista temática e informativa sobre o processo de revitalização da EFA Dom Luciano, que apresenta as memórias dos momentos marcantes dos mutirões, além de imagens, poesias, métodos populares e concepções de educação e de sociedade que constituíram o nosso movimento de resistência coletiva. Acreditamos que o material produzido poderá auxiliar educadoras/es comprometidas/os com a educação emancipatória dos povos do campo. Palavras chaves: Educação do Campo; Educação Popular; Fechamento de Escola. |