Toxicidade do óleo essencial de mostarda sobre populações de Sitophilus zeamais
Ano de defesa: | 2011 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Ciência entomológica; Tecnologia entomológica Mestrado em Entomologia UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/3927 |
Resumo: | O objetivo deste trabalho foi avaliar a toxicidade do óleo essencial de mostarda (OEM) para adultos de cinco populações de Sitophilus zeamais (Coleoptera: Curculionidae) e verificar a influência do óleo essencial sobre o comportamento locomotor dos insetos. Foi utilizado OEM com 90% do componente volátil Isotiocianato alilo (ITCA), diluído em óleo de soja, na proporção de 1:9 v/v, para obter solução oleosa de 9% de ITCA. O OEM foi aplicado em papel-filtro colocado em placas de Petri (5,0 cm diâmetro), que foram cobertas com organza e colocadas no interior de frascos de vidro de 0,8 L, aos quais foram acrescentados posteriormente 50 insetos adultos. Os frascos foram mantidos fechados por 48h. Utilizou-se o OEM em concentrações variando de 1,2 a 2,8 μL L-1. As populações de S. zeamais utilizadas foram Abre Campo, Machado, Paracatu, Piracicaba e Tunápolis. Avaliou-se a toxicidade do OEM por meio da estimativa das concentrações letais (CL) para 50 (CL50) e 95% (CL95) dos insetos adultos. As CL50 e CL95 foram usadas para calcular as respectivas razões de toxicidade. Foram avaliadas também as características comportamentais de caminhamento: distância percorrida, velocidade de caminhamento, tempo de repouso e número de paradas, bem como as características de voo como número de decolagens e altura de voo dos insetos. Adicionalmente, foram avaliadas as taxas instantâneas de crescimento populacional (ri), as taxas respiratórias (produção de CO2) e massa corpórea para todas as populações. A população padrão de susceptibilidade foi a da cidade de Piracicaba, pois apresentou menor CL50 (1,49 μL L- 1). Esta concentração foi utilizada para todos os bioensaios tratados com o OEM, exceto para a taxa instantânea de crescimento populacional, em que não se utilizou o tramento com OEM. A população de Paracatu foi a que apresentou maior CL50 (2,97 μL L-1) e CL95 (6,82 μL L-1), enquanto Machado foi a população que apresentou menor CL95 (2,16 μL L-1). A razão de toxicidade com base na CL50 variou entre 1,08 e 1,99 vezes, e entre 0,76 e 2,42 vezes baseada na CL95. As inclinações das curvas de concentração-mortalidade variaram entre as populações, sendo menor (4,56 ± 0,72) para a população de Paracatu e maior (13,14 ± 0,75) para a de Tunápolis. Não houve diferença significativa na distância percorrida entre os tratamentos com OEM e controle, nem entre as populações. No entanto, o tempo de repouso dos insetos foi reduzido pelo tratamento com OEM em todas as populações. Para os outros padrões comportamentais de caminhamento (velocidade de caminhamento e número de paradas), de voo (altura de voo e número de decolagens), taxa respiratória e de massa corpórea, houve diferença apenas entre as populações, não diferindo quando na presença ou ausência do OEM. Com isso, conclui-se que o OEM foi tóxico para as cinco populações de S. zeamais e que este óleo não promoveu grandes alterações no comportamento locomotor dos insetos. Diferentes padrões comportamentais, respiratórios e de massa corpórea foram observados nas populações de S. zeamais, porém com uniformidade de resposta ao óleo de mostarda, sendo que estas diferenças devem ser inerentes à constituição genética das populações. |