Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Miranda, Edna Lopes |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/22336
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Resumo: |
Esta pesquisa procurou analisar a forma como o capital político adquirido por meio da participação em Organizações Coletivas do Campo repercute nas práticas cotidianas dos agricultores. Buscou-se compreender a força da socialização secundária nas práticas produtivas e de comercialização dos agricultores, em termos do seu viés de adaptação e/ou resistência às normativas políticas estabelecidas. Para tanto, analisou-se a formação deste capital político em dois contextos distintos: na Zona da Mata Mineira/Brasil e na Galícia/Espanha. Utilizouse metodologicamente da pesquisa bibliográfica e documental, coleta de dados secundários, entrevistas semiestruturadas com os agricultores e observação participante. Os resultados da pesquisa mostraram que o envolvimento permanente dos pequenos agricultores do município de Espera Feliz nas atividades desenvolvidas pelas organizações coletivas apontaram para a legitimidade que os agricultores atribuíam à participação em tais organizações, em virtude das conquistas que reconheciam vir alcançando em termos das suas condições de produção, comercialização e de vida. Já no contexto espanhol, tanto os agricultores que manifestaram um estilo de pensamento conservador como progressista acabaram desenvolvendo práticas de adaptação diferenciadas face às imposições trazidas pela Política Agrícola Comum (PAC) Pós-92. Embora resistentes aos direcionamentos dessa política, os agricultores que participavam do Sindicato Labrego Galego se adaptaram tanto a um novo modelo de agricultura ecológica, como acrescentaram ao seu repertório de comercialização novas estratégias de venda dos seus produtos. Já os agricultores que participavam da Associação Agrária de Jovens Agricultores Profissionais não manifestaram propriamente resistência aos novos direcionamentos políticos e buscaram adquirir tecnologias e novas formas de organização da produção. As experiências de participação nas Organizações Coletivas do Campo no Brasil e na Espanha reverberaram para outras esferas do cotidiano dos agricultores, que se apropriaram do capital político para se posicionar face às diretrizes trazidas pelas políticas agrícolas de desenvolvimento rural. |