Fontes de proteína em suplementos múltiplos para bovinos em pastejo
Ano de defesa: | 2004 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Genética e Melhoramento de Animais Domésticos; Nutrição e Alimentação Animal; Pastagens e Forragicul Doutorado em Zootecnia UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/1903 |
Resumo: | Este trabalho foi elaborado a partir de três experimentos com novilhos mestiços ou anelorados em pastejo de Brachiaria decumbens. No primeiro experimento, avaliaram-se suplementos formulados com diferentes fontes de proteína, nos períodos da seca e transição seca/águas. Para avaliar o desempenho produtivo, foram utilizados 20 animais (mestiços holandês-zebu e anelorados) com peso vivo médio de 220 kg e idade aproximada de 10 meses distribuídos em cinco piquetes de dois hectares cada, em delineamento inteiramente casualizado, com cinco tratamentos e quatro repetições. O fornecimento dos suplementos, que tinham aproximadamente 38 % de proteína bruta (PB) na matéria seca (MS), foi diário, em nível de 0,5 % do peso vivo (PV). Os tratamentos foram constituídos de suplemento à base de farelo de soja e farelo de trigo (FSFT), farelo de trigo e uréia (FTU), farelo de algodão 38 % de PB (FA38), farelo de algodão 28 % de PB e uréia (FA28), e farelo de trigo, farelo de algodão 38 % de PB e uréia (FATU), além de mistura mineral, presente em todos os suplementos. O tratamento FA38 apresentou ganhos superiores aos tratamentos FSFT, FTU e FA28, e o tratamento FATU foi superior aos tratamentos FTU e FA28. Para avaliar os parâmetros nutricionais, foram utilizados cinco animais mestiços holandês-zebu, com idade e peso médios iniciais de 10 meses e 170 kg, fistulados no esôfago e rúmen distribuídos em cinco piquetes de 0,3 hectare, em área contígua à usada para a avaliação do desempenho, em delineamento de blocos casualizados, onde cada período experimental foi tratado como bloco. As fontes de proteína não afetaram o consumo de MS em relação ao PV; porém o consumo de fibra em detergente neutro (FDN) foi superior nos tratamentos FTU e FA28 em relação aos FA38 e FATU. As digestibilidades da MS obtidas nos tratamentos FSFT e FTU foram superiores às dos FA38, FA28 e FATU; e a digestibilidade da PB do FTU foi superior às dos FA38 e FA28. Houve efeito dos tratamentos sobre o pH, mas todos se encontraram dentro dos limites favoráveis ao consumo e à digestão de forragem. As fontes de proteína afetaram a concentração de N-NH3 ruminal, a qual foi maior para o tratamento FTU, que tinha o maior teor de uréia, em relação aos demais tratamentos, e para os tratamentos FSFT, FA28 e FATU em relação ao FA38. Não houve efeito dos tratamentos sobre os fluxos de compostos nitrogenados (N) microbianos e eficiência microbiana, expressa em g de MS microbiana por kg carboidratos totais degradados no rúmen (CHODR) e g PBmic/100 g NDT. Houve efeito das fontes de proteína sobre a concentração de N uréico no plasma, sendo o menor valor observado para o tratamento FA38; e os maiores valores foram observados nos produtos que continham uréia (FATU, FTU e FA28). Entretanto, não houve efeito dos tratamentos sobre a excreção de N na urina em relação ao nitrogênio ingerido ou sobre o balanço de nitrogênio. No segundo experimento avaliaram-se suplementos múltiplos formulados com diferentes fontes de proteína, no período das águas. Para avaliar o desempenho produtivo, foram utilizados 20 animais com peso vivo médio de 284 kg e idade aproximada de 14 meses distribuídos em cinco piquetes de dois hectares cada, em delineamento inteiramente casualizado, com cinco tratamentos e quatro repetições. O fornecimento dos suplementos (500g /dia), que tinham aproximadamente 35% de PB na MS, foi diário. Foram utilizados os tratamentos: FSFT; FTU; FA38; FATU; e o tratamento testemunha, mistura mineral (SAL). O fornecimento de suplementos múltiplos no período das águas permitiu ganhos de peso adicionais de 135 a 275g/dia. Os tratamentos FATU e FTU apresentaram ganhos superiores ao SAL. Os parâmetros nutricionais foram avaliados em cinco animais, com idade e peso médios iniciais de 14 meses e 219 kg, fistulados no esôfago e no rúmen, distribuídos em cinco piquetes de 0,3 hectare, em delineamento de blocos casualizados, onde cada período experimental foi tratado como bloco. Não houve efeito da suplementação ou das fontes de proteína sobre o consumo de nutrientes ou consumo de MS de pasto. As digestibilidades da MS e da FDN obtidas no FA38 foram inferiores às dos demais. Não houve efeito dos tratamentos sobre o pH, cujo valor médio foi de 6,41. A concentração de N-NH3 ruminal foi maior para o tratamento FTU, que tinha o maior teor de uréia, em relação aos demais, e para os FSFT, FA38 e FATU em relação ao SAL. Não houve efeito da suplementação ou das fontes de proteína sobre os fluxos de N microbianos e eficiência microbiana expressa nas diferentes formas. Não houve efeito dos tratamentos sobre a concentração de N uréico no plasma, a qual apresentou valor médio de 13,7 mg/dL, nem sobre a excreção de N na urina. Entretanto, a suplementação permitiu maior balanço de nitrogênio. No terceiro experimento, avaliaram-se suplementos múltiplos formulados com diferentes fontes de proteína, no período de transição águas/seca. Para avaliar o desempenho produtivo, foram utilizados 20 animais com peso vivo médio de 357 kg e idade aproximada de 17 meses distribuídos em cinco piquetes de dois hectares cada, em delineamento inteiramente casualizado, com cinco tratamentos e quatro repetições. Os suplementos foram fornecidos na base de 1,0kg/dia. Utilizaram-se os tratamentos: FSFT, FTU, FA38, FATU; e SAL. Não foi encontrada diferença (P>0,10) no ganho de peso diário. Entretanto, os animais suplementados apresentaram 24,3% a mais de ganho de peso em relação ao grupo controle. Considerando-se apenas os suplementos (FA38 e FATU) que continham farelo de algodão 38% PB, o ganho de peso diário foi 0,223kg/dia ou 41,8% superior ao testemunha. Os parâmetros nutricionais, foram avaliados em cinco animais, com idade e peso médios iniciais de 17 meses e 249 kg, fistulados no esôfago e no rúmen distribuídos em cinco piquetes de 0,3 hectare, em delineamento de blocos casualizados, onde cada período experimental foi tratado como bloco. A suplementação, de um modo geral, proporcionou aumento no consumo de MS em kg/dia ou em relação ao peso vivo; não afetando o consumo de MS de pasto ou o consumo de FDN. A digestibilidade da MS encontrada no FSFT foi superior aos demais, que não diferiram entre si. Não houve efeito dos tratamentos sobre o pH, cujo valor médio foi de 6,42. A concentração de N-NH3 ruminal foi maior para os tratamentos FTU, FSFT e FATU em relação ao FA38, que foi maior que o SAL. Não foram observados efeitos dos tratamentos para os fluxos de N microbianos e eficiência microbiana. Não houve efeito das fontes de proteína sobre a concentração de nitrogênio uréico no plasma e balanço de nitrogênio, sendo todos superiores ao testemunha. |