Tem dia que a gente é Sem-Terra, tem dia que não dá : as diferentes visões sociais de mundo no interior do espaço escolar de um assentamento rural

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Fernandes, Natália Rigueira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Instituições sociais e desenvolvimento; Cultura, processos sociais e conhecimento
Mestrado em Extensão Rural
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
MST
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/4102
Resumo: Esta dissertação tem como objetivo analisar a forma pela qual a ideologia, ou visão social de mundo, de determinada sociedade influencia diretamente sobre suas práticas educativas. Para tanto, o presente trabalho se utiliza de um recorte social, explorando sua inserção na sociedade e suas diretrizes pedagógicas: o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra. Sabe-se que este último se diferencia de outros movimentos sociais brasileiros por desenvolver, no interior de seus acampamentos e assentamentos, uma prática educativa diferenciada, visando atender a uma perspectiva de luta pela terra e conquista da cidadania. O contexto social analisado é o Assentamento Oziel Alves Pereira, localizado no município de Governador Valadares. O assentamento, criado desde 1996, se destaca social e politicamente, tratando-se da participação social e da formação de militantes Sem-Terra. O assentamento, que possui um expressivo núcleo de formação e oferece cursos para militantes de toda a América Latina, possui uma escola onde as crianças assentadas são conduzidas a uma prática escolar em concordância com a Pedagogia do MST. Como procedimentos metodológicos para a efetivação da pesquisa foram utilizadas a observação participante e a entrevista. Ao longo da discussão proposta por esta dissertação percebem-se as nuances da prática escolar observada, que se caracteriza por metodologias em favor da promoção da cidadania e da emancipação social e por conflitos expressivos de concepções pedagógicas e sociais, gerados pela presença de uma equipe pedagógica oriunda do espaço urbano, já que a escola é denominada como um anexo de uma escola de Governador Valadares.