Processos de ação coletiva e organização dos trabalhadores rurais: o caso do assentamento Massangana III - Cruz do Espírito Santo/PB.
Ano de defesa: | 2000 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Humanidades - CH PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS SOCIAIS UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/4477 |
Resumo: | A evolução do contexto agrário no Brasil levou alguns movimentos que lutam pela terra a promover formas coletivas de organização da produção e comercialização nos assentamentos de reforma agraria. Este processo constitui uma das estrategias destinadas a garantir uma melhor articulação com o mercado e a elaborar alternativas de produção e de mantenimento das famílias assentadas. O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), entre outros, priorizou as iniciativas em torno de uma ação coletiva organizada no intuito de viabilizar econômica e socialmente os assentamentos que foram realizados sob sua coordenação. A Associação dos Produtores e a Cooperativa de Produção Agropecuária de Massangana III, no município de Cruz do Espirito Santo — PB, são exemplos de organização coletiva nos moldes do MST. O objetivo deste estudo esta centrado na analise do processo de organização dos trabalhadores rurais e das formas de ação coletiva desenvolvidas no assentamento. As observações mostram como a aceitação e a organização da ação coletiva dependem da trajetória sócio-histórica c cultural dos assentados. As conclusões das analises indicam que, no assentamento Massangana III, a proposta de ação coletiva do MST, na forma de Cooperativa de Produção Agropecuária (CPA), não condiz com a experiencia, com as praticas e os valores, quer dizer, com a trajetória das famílias de trabalhadores rurais do projeto. A Associação dos Produtores, apesar de graves problemas de gerenciamento e de democratização dos processos decisórios, esta mais próxima da realidade das famílias assentadas. Este trabalho ressalta o quanto a organização nos assentamentos e necessária. Porem seu sucesso depende do respeito, das estrategias, das praticas c dos valores da agricultura familiar brasileira que somente esperam se desenvolver nas áreas de reforma agraria. |