Processos de ação coletiva e organização dos trabalhadores rurais: o caso do assentamento Massangana III - Cruz do Espírito Santo/PB.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2000
Autor(a) principal: LAZZARETTI, Miguel Ângelo.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Humanidades - CH
PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS SOCIAIS
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/4477
Resumo: A evolução do contexto agrário no Brasil levou alguns movimentos que lutam pela terra a promover formas coletivas de organização da produção e comercialização nos assentamentos de reforma agraria. Este processo constitui uma das estrategias destinadas a garantir uma melhor articulação com o mercado e a elaborar alternativas de produção e de mantenimento das famílias assentadas. O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), entre outros, priorizou as iniciativas em torno de uma ação coletiva organizada no intuito de viabilizar econômica e socialmente os assentamentos que foram realizados sob sua coordenação. A Associação dos Produtores e a Cooperativa de Produção Agropecuária de Massangana III, no município de Cruz do Espirito Santo — PB, são exemplos de organização coletiva nos moldes do MST. O objetivo deste estudo esta centrado na analise do processo de organização dos trabalhadores rurais e das formas de ação coletiva desenvolvidas no assentamento. As observações mostram como a aceitação e a organização da ação coletiva dependem da trajetória sócio-histórica c cultural dos assentados. As conclusões das analises indicam que, no assentamento Massangana III, a proposta de ação coletiva do MST, na forma de Cooperativa de Produção Agropecuária (CPA), não condiz com a experiencia, com as praticas e os valores, quer dizer, com a trajetória das famílias de trabalhadores rurais do projeto. A Associação dos Produtores, apesar de graves problemas de gerenciamento e de democratização dos processos decisórios, esta mais próxima da realidade das famílias assentadas. Este trabalho ressalta o quanto a organização nos assentamentos e necessária. Porem seu sucesso depende do respeito, das estrategias, das praticas c dos valores da agricultura familiar brasileira que somente esperam se desenvolver nas áreas de reforma agraria.