Metolachlor e fomesafen aplicados com diferentes lâminas de água na cultura do feijão, em plantio direto e convencional

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2001
Autor(a) principal: Leite, José Aparecido de Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/9422
Resumo: Com o objetivo de avaliar a eficiência da aplicação de herbicidas via água de irrigação (herbigação) na cultura de feijoeiro (Phaseolus vulgaris L.) cultivado em dois sistemas de plantio, foi conduzido um estudo (três experimentos) em Coimbra, MG, entre junho e novembro de 1999. Foram estudados os herbicidas metolachlor (pré-emergência) e fomesafen (pós-emergência), aplicados isoladamente ou em seqüência (metolachlor + fomesafen), via água de irrigação por aspersão. Esses tratamentos foram distribuídos ao acaso, com três repetições, nas seguintes lâminas de água: 3 e 5 mm, 6 e 10 mm, 9 e 15 mm. O primeiro número de cada par de lâminas correspondeu à lâmina usada para distribuição do fomesafen, e o segundo para a distribuição do metolachlor. Ademais, dentro de cada par de lâminas, foi incluída uma parcela dos seguintes tratamentos: pulverização convencional com metolachlor, pulverização convencional com fomesafen, pulverização convencional com metolachlor e fomesafen, testemunha capinada, e testemunha sem capina e sem aplicação de herbicida, totalizando 14 parcelas. Cada um dos três pares de lâminas ocupou uma cunha do pivô com um ângulo de 30 o . Em cada cunha onde os tratamentos foram aplicados, estruturas metálicas cobertas com plástico foram colocadas sobre parcelas, quando necessário, visto que todas elas estavam sujeitas a receber os dois herbicidas via água de irrigação. Esses tratamentos foram testados em plantio convencional e em plantio direto, sendo que cada um dos sistemas de preparo do solo ocupou metade do pivô. No plantio convencional, foi realizada uma aração e duas gradagens; no plantio direto sobre palhada de milho, aplicaram-se, em mistura, os herbicidas não-seletivos glifosate e 2,4-D, 15 dias antes do plantio. Foi utilizado um pivô central de baixa pressão, que ocupava área de 2,9 ha. As irrigações foram manejadas, utilizando-se o programa de computador SISDA. Para efetuar as herbigações, utilizou-se uma bomba hidráulica do tipo diafragma. Para as pulverizações convencionais, foi utilizado um pulverizador costal pressurizado a CO 2 e equipado com bicos Teejet 110.03, aplicando-se o equivalente a 200 L ha -1 de calda à pressão de 300 kPa. O metolachlor foi aplicado no dia seguinte ao plantio, e o fomesafen quando as plantas daninhas dicotiledôneas apresentavam-se com 2 a 3 pares de folhas e as gramíneas com 1 a 3 perfilhos. Durante as herbigações, foram feitas avaliações de uniformidade de aplicação de água. Após as aplicações dos herbicidas, a área só voltou a ser irrigada quatro dias depois. Os efeitos dos herbicidas foram avaliados com base na biomassa seca das plantas daninhas cortadas rente ao solo, logo após a colheita do feijão, e na produtividade da leguminosa. As plantas daninhas que ocorreram com maior freqüência na área experimental, foram a losna (Artemisia verlotorum) e o picão-preto (Bidens pilosa). Os CUCs médios ficaram entre 87,1% e 91,8%. O plantio direto, por si só, proporcionou melhor controle da losna e das monocotiledôneas, enquanto o plantio convencional proporcionou melhor controle das outras dicotiledôneas. No plantio direto, o rendimento médio do feijão foi de 2.323 kg ha -1 , sendo 25,4% superior ao alcançado no plantio convencional. A aplicação do metolachlor numa lâmina de 15 mm proporcionou melhor controle das plantas daninhas que a aplicação convencional, independentemente do sistema de plantio. No entanto, essa diferença no controle não refletiu-se no rendimento do feijão. Quanto ao fomesafen, a aplicação convencional foi ligeiramente mais eficiente que a herbigação, mas também, não teve reflexo no rendimento. A aplicação seqüencial do fomesafen ao metolachlor, via água de irrigação, foi tão eficiente quanto a aplicação com pulverizador costal, independentemente da lâmina de água e do sistema de plantio.