Prevalência de disfunções tardias de membros superiores consequentes ao tratamento oncológico de câncer de mama

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Campos, Rhayssa Espósito dos Santos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://locus.ufv.br//handle/123456789/27310
Resumo: As mulheres com câncer de mama vêm apresentando um aumento da sobrevida, porém as complicações de longo prazo decorrentes do tratamento podem repercutir negativamente na sua capacidade física e qualidade de vida. O objetivo do estudo foi estimar a prevalência de disfunções de membros superiores tardias consequentes ao tratamento, avaliar a associação da função do membro com o questionário de Índice de dor e incapacidade no ombro e o retorno as suas atividades laborais. Trata-se de um estudo transversal descritivo realizado com mulheres submetidas ao tratamento de câncer de mama, assistidas no Hospital do Câncer de Muriaé - MG. A amostra foi composta por 80 mulheres. A coleta de dados aconteceu entre os meses de agosto de 2018 a fevereiro de 2019. Os instrumentos utilizados para coleta de dados foram dois questionários semiestruturados específicos, questionário validado de Qualidade de Vida FACT–B +4 e questionário de índice de dor e incapacidade no ombro (SPADI – Brasil). Identificou-se as disfunções crônicas: fibrose (62,5%), dificuldade para alcançar objetos acima do ombro (57,6%), dor (51,3%), fraqueza muscular (33,2%) e linfedema (25%). Foi detectada associações significativas entre dor e função do membro, indicando índice de dor maior no incapaz (p < 0,001) e entre incapacidade e volta ao trabalho (p=0,041), constatando-se que as mulheres limitadas têm maior tendência em não retornar ao trabalho. Disfunções persistentes dos membros superiores foram encontradas em grande parte das mulheres submetidas ao tratamento de câncer de mama, gerando limitações para realização de atividades da vida diária e retorno ao serviço laboral. Sugere-se a aplicação do questionário de Índice de dor e incapacidade no ombro, após finalização do tratamento oncológico, com objetivo de classificar a capacidade laboral da paciente em apta, limitada ou incapaz. As disfunções identificadas são passíveis de intervenção terapêutica, sendo necessária a interação dos profissionais das diversas áreas da saúde.