Caracterização morfológica do aparelho bucal de larvas de Meliponini Lepeletier, 1836 (Hymenoptera: Apidae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Santos, Cristiane Marques
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/7263
Resumo: O desenvolvimento holometábolo é caracterizado pela completa distinção morfológica entre imaturo e adulto. Como resultado das demandas típicas da fase larval, as estruturas mais evidentes em um indivíduo imaturo são as peças bucais. Nesta fase do desenvolvimento, a principal função das peças bucais é auxiliar na obtenção, retenção e ingestão do alimento. Essas estruturas sofrem pouca pressão seletiva, sendo por isso importantes em estudos taxonômicos, filogenéticos e evolutivos. Meliponini é um grupo cuja diversidade de espécies é acompanhada pela diversificação de estratégias que se relacionam direta ou indiretamente com o estágio larval. Neste estudo, a morfologia das peças bucais, especialmente das mandíbulas foi analisada, objetivando-se verificar a ocorrência de dimorfismo sexual bem como de variações morfológicas ao longo dos estágios de desenvolvimento. Além disso, os padrões morfológicos das espécies foram analisados à luz da filogenia do grupo, analisando-se comparativamente espécies de linhagens que constroem células de cria em cacho (Frieseomelitta, D. ghiliani, T. extranea, P. lucii, T. aff buysonii, L. mulleri e L. pusilla) e células de cria em dispostas em favo (demais espécies), bem como espécies que desenvolveram a necrofagia (T. hypogea, T. aff crassipes). As peças bucais de larvas de Meliponini são pouco esclerosadas e apresentam estruturas acessórias como sensilas, cerdas e espículas. Labro e mandíbulas foram as estruturas que mais sofreram variação morfológica, enquanto que a região labiomaxilar apresentou padrão morfológico conservado. Idade e sexo larval não representam fontes de variação morfológica das peças bucais. Entre as espécies, foram distinguidos três padrões morfológicos principais, sendo que dois destes correspondem a diversificação das linhagens de espécies que arranjam suas crias em cachos e em favos. A análise da morfologia das peças bucais de larvas de espécies necrófagas não evidenciou a ocorrência de um padrão morfológico distinto das demais espécies que constroem ninho em favo.