Morfologia e regimes de crescimento das linhagens celulares derivadas de melanoma murino B16F10, primário e metastático, em camundongos BALB/c

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Mendes, Rosemairy Luciene
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/7113
Resumo: Embora não esteja entre as neoplasias mais prevalentes é responsável pela quarta causa de morte entre os pacientes com câncer. A compreensão dos mecanismos envolvidos na gênese e progressão do melanoma é crucial para o seu tratamento. Modelos experimentais que representem as fases da progressão do melanoma ainda são raros, mas a cultura de células é uma ferramenta importante para tais investigações. Os objetivos deste trabalho foram: estabelecer um modelo de estudo do melanoma murino B16F10 por meio do estabelecimento de sublinhagens celulares que correspondem ao tumor primário e às metástases, após passagem dessas células in vivo em camundongos BALB/c; caracterizar morfologicamente por meio de microscopia óptica e eletrônica de transmissão (MET) e varredura (MEV) a linhagem B16F10 e as sublinhagens derivadas; e investigar as leis de escala que regem o crescimento das linhagens de células de melanoma. Nesse contexto, células de melanoma B16F10 foram injetadas subcutaneamente (sc.) em camundongo BALB/c e a linhagem derivada dos tumores primários foi denominada de B16F10B. A linhagem B16F10 e a sublinhagem B16F10B foram inoculadas endovenosamente (ev.) em camundongos BALB/c e as sublinhagens obtidas das metástases foram denominadas B16F10M e B16F10BM, respectivamente. A linhagem B16F10 e as sublinhagens B16F10B, -BM e -M foram analisadas em MO, MET e MEV, revelando uma grande heterogeneidade na morfologia dessas células e nos agregados por elas formados. As células B16F10 e B16F10B também revelaram à MET presença de partículas virais. Para a caracterização das leis de escala que regem os regimes de crescimento das células B16F10, -B, -BM e -M, as linhagens celulares foram cultivadas sobre lamínulas de vidro em placas de 24 poços e retiradas em intervalos de 24 horas, durante 7 dias. O número de células por agregado e o número total de agregados foram usados para determinar a função de distribuição de tamanho de agregados que sugerem uma transição nas funções de distribuição de um decaimento exponencial para um que segue lei de potência para as células B16F10B. As demais linhagens analisadas sempre exibiram um comportamento de lei de potência. A distribuição em leis de potência indica a ausência de um tamanho característico para os tamanhos dos agregados, podendo refletir na falta de mecanismos de controle da replicação celular aliada à estabilidade dos agregados. A transição no regime de crescimento exibido pelas células B16F10B sugere que o crescimento celular contínuo na cultura pode exercer forças seletivas que destroem os mecanismos de regulação, tais como a dependência de ancoragem e o crescimento de densidade-dependente. A caracterização morfológica, bem como do regime de crescimento das sublinhagens derivadas das células B16F10 mostrou que há diferenças e similaridades entre as mesmas, porém, para uma melhor caracterização dessas células, outras análises devem ser realizadas, tais como: resistência a drogas, integridade genômica e padrão de expressão de moléculas de adesão.