Deficiência de vitamina D e sua relação com fatores associados à sibilância recorrente

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Brito, Mirna Peçanha
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/20728
Resumo: Em estudos epidemiológicos a sibilância recorrente em pacientes pediátricos, tem sido considerado como sinônimo de asma. Representa um importante problema de saúde pública, por afetar a qualidade de vida desses indivíduos que frequentemente utilizam o sistema de saúde gerando um grande impacto econômico. O objetivo do presente estudo foi identificar fatores associados com sibilância recorrente, em pacientes atendidos em serviço de referência de pneumologia pediátrica no município de Viçosa. Realizou-se um estudo transversal com 124 crianças em seguimento no ambulatório de pneumologia pediátrica. Inicialmente utilizou-se um questionário semiestruturado, para detectar os fatores associados a sibilância recorrente e asma e posteriormente o nível de VitD sérica foi mensurado. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos na Universidade Federal de Viçosa (1.713.903). A análise estatística foi realizada usando o pacote estatístico Stata 10 (Stata Corp, College Station, TX, USA). Da amostra estudada a maioria era do sexo masculino, não brancos com média de idade de 5 anos e 9 meses com desvio padrão de ± 4,6 anos. Cerca de 77,4 % das crianças frequentavam creche ou escola e 62,1% nasceram de parto cesáreo. Da amostra, 78,2% apresentaram renda mensal de até dois salários mínimos. Foi observado que 50,8 % da população estudada não realizou suplementação de VitD nos primeiros dois anos de vida. A prevalência de deficiência/insuficiência de VitD foi de 57,3% e após a regressão logística múltipla, as variáveis que permaneceram associadas à deficiência/insuficiência VitD foram: início da sibilância até o primeiro ano de vida (OR 2,54; IC 95% 1.12-5,76; p<0,025), antecedentes pessoais de dermatite atópica (OR 3,21; IC 95% 1.16-8,86; p<0,024), poluição ambiental (OR 1,72; IC 95% 1.14-2,59; p<0,009), suplementação da vitamina D nos primeiros dois anos de vida (OR 0,46; IC 95% 0,22-0.95; p<0,037). Vários trabalhos têm demonstrado uma elevada prevalência de deficiência/insuficiência de VitD e a sua importância, não só para saúde óssea, mas também para outras doenças imunomediadas. Observou-se no presente estudo, uma associação inversa entre os níveis deficiênte/insuficiêntes de VitD com a presença de sibilância no primeiro ano de vida, antecedentes pessoais de dermatite atópica e poluição ambiental em pacientes com sibilância recorrente e com asma.