Indução floral da mangueira ‘Ubá’ na Região da Zona da Mata de Minas Gerais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Oliveira, Girlaine Pereira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/6758
Resumo: Os frutos da mangueira ‘Ubá’ são preferidos pelas indústrias produtoras de suco devido à coloração atrativa da polpa (amarelo alaranjado), altos valores de sólidos solúveis e excelente sabor. Apesar de suas características desejáveis ao processamento industrial, poucas pesquisas relacionadas à indução de florescimento foram realizadas com essa cultivar. Como nem sempre as tecnologias desenvolvidas para outras cultivares se adaptam as peculiaridades da mangueira ‘Ubá’, alguns fatores limitam a expansão da cultura, dentre eles, a baixa produtividade média, desuniformidade no florescimento e consequentemente na colheita, alternância de produção e suscetibilidade a doenças, como oídio e antracnose. Desta forma, o objetivo desse trabalho foi avaliar a eficiência de diferentes doses de paclobutrazol aliado ao desponte dos ramos no florescimento de mangueiras ‘Ubá’, cultivadas na Universidade Federal de Viçosa, Pomar do Fundão, situado em Viçosa - MG. Os tratamentos foram distribuídos em esquema fatorial 5 x 2 + 1 e foram compostos por cinco doses de paclobutrazol (0; 0,50; 1,00; 1,50 e 2,0 g.m -1 linear de copa), com e sem desponte dos ramos. Foi acrescentado um tratamento adicional cujas plantas não foram submetidas à poda, aplicação de paclobutrazol e desponte dos ramos. O delineamento experimental foi em blocos casualizados com quatro repetições utilizando uma planta por parcela. Foi avaliado o comprimento e diâmetro do primeiro e segundo fluxo de brotação dos ramos, porcentagem de florescimento, número de panículas por ramo, total de flores por panícula, razão entre flores masculinas e hermafroditas e número de frutos por ramo, teores de carboidratos nas folhas em duas épocas (intumescimento das gemas florais (10/07/2014) e desenvolvimento dos frutos (15/11/2014)), e qualidade dos frutos, sendo esta representada por comprimento e diâmetro dos frutos, rendimento de suco, ângulo hue da casca e da polpa, sólidos solúveis totais, xiacidez titulável, ratio (relação sólidos solúveis totais/acidez titulável). O comprimento do ramo do primeiro fluxo de brotação foi menor nas plantas que não receberam poda (testemunhas). A porcentagem de florescimento foi maior em plantas tratadas com desponte e aumentou em resposta à dose de paclobutrazol, atingindo o máximo na dosagem de 1,62 g.m -1 linear da copa. O número de panículas por ramo foi superior nas plantas com desponte dos ramos. Houve aumento na razão entre flores masculina e hermafrodita com aumento na dose de paclobutrazol. O número de frutos por ramos aumentou com desponte dos ramos. Os teores de carboidratos reduziram em resposta o aumento na dosagem de paclobutrazol e nas diferentes épocas de avaliação. Não houve diferenças na qualidade dos frutos em resposta a aplicação do paclobutrazol. Conclui-se que a aplicação do paclobutrazol até a dose de 1,62g.m -1 linear da copa aliado ao desponte de ramos uniformizou e aumentou o florescimento de manga ‘Ubá’ na região de Viçosa-MG e não alterou a qualidade dos frutos.