Conteúdo gastrointestinal de rã-touro (Lithobates catesbeianus) (Leptodactylus latrans) no município de Viçosa, Minas Gerais e circunvizinhos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Azevedo, Priscilla Soares
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/6711
Resumo: Diversos fatores podem se associar ao processo de extinção e/ou diminuição do número de espécies de anuros, principalmente as espécies nativas, populações alvo de extenso declínio. Pesquisadores relataram que as ações antrópicas e a introdução de espécies exóticas afeta consideravelmente a sobrevivência de anuros nativos, podendo ser causa desse declínio populacional. Lithobates catesbeianus (rã-touro) é uma espécie exótica no Brasil, sendo originária do centro leste da América do Norte e é considerada a maior espécie de anfíbio anuro da região. Está entre as cem piores espécies invasoras, e pode afetar consideravelmente a sobrevivência das espécies nativas como a Leptodactylus latrans, conhecida popularmente como rã-manteiga que apresenta ampla distribuição em nosso país, podendo ser encontrada desde o nordeste até o sul. O objetivo foi caracterizar a composição das dietas das duas espécies no Município de Viçosa e circunvizinhos no Estado de Minas Gerais, relacionando a distribuição espacial, diferenças de tamanho corporal, tamanho e hábitat de origem das presas consumidas e a coexistência entre as espécies. A pesquisa foi realizada no Laboratório do Ranário Experimental da UFV e, as coletas, nos Municípios de João Monlevade, Ubá, Viçosa e Visconde do Rio Branco. Os animais foram capturados próximos aos cursos d‟ água e ainda em campo, eutanasiados e marcados segundo Martof (1953). Os segmentos do tubo digestório foram isolados, pesados e acondicionados em frascos contendo álcool 70%, com identificação em papel vegetal. A verificação do conteúdo do tubo digestório foi realizada macroscopicamente e posteriormente, com auxílio de estereomicroscópio. Foram medidos e pesados os órgãos e aferidos os volumes e tamanhos das presas encontradas, de acordo com cada tipo de presa. Ambas as espécies de rã, apresentaram o mesmo número de presas, sendo que em alguns estômagos havia existência de apenas fragmentos. Apesar disso, o volume e proporções das presas contidas em rã-touro foram maiores que as presas dos exemplares de rã-manteiga, assim como o sistema digestório da espécie exótica apresentou maiores proporções que o da rã nativa. As presas com maiores Índice de Importância Relativa em ambas às espécies foram diferentes. Ocorreu canibalismo nos exemplares de rã-touro, porém, xii isso não foi evidenciado nos exemplares de rã-manteiga. Quanto a sobreposição de nicho trófico, não pode-se afirmar que uma espécie influenciou a sobrevivência da outra dentre os locais que foram feitas as capturas dos exemplares pois, apenas na Estação de Piscicultura da UFV foi encontrado as duas espécies, porém em diferentes proporções.