Associação cetamina-xilazina, tiletamina-zolazepam, e tiletamina-zolazepam-levomepromazina na anestesia de capivara (Hydrochoerus hydrochaeris)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2003
Autor(a) principal: Nishiyama, Shirley Miti
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Biotecnologia, diagnóstico e controle de doenças; Epidemiologia e controle de qualidade de prod. de
Mestrado em Medicina Veterinária
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/5196
Resumo: Apesar do grande número de criadouros da espécie, a capivara (Hydrochoerus hydrochaeris) ainda é objeto de estudo quanto ao aspecto reprodutivo, ao manejo, à nutrição, e às doenças e agentes a ela relacionados. Seu estudo requer muitas vezes a imobilização química, pois somente a contenção física pode ser fator estressante para o animal e pode colocar em risco a equipe técnica envolvida. A contenção química de capivaras, na prática, é realizada de forma empírica, utilizando-se fármacos e dosagens baseadas em manejos anteriores, que pode resultar em reações inesperadas, indesejáveis e até na morte do animal. Assim, este trabalho teve como objetivos comparar os efeitos das associações cetamina-xilazina, tiletamina-zolazepam e tiletamina-zolazepam-levomepromazina como agentes anestésicos para capivaras. Foram utilizadas 30 capivaras, de ambos os sexos, adultas, com peso médio de 43 kg, distribuídas aleatoriamente em três grupos experimentais de igual número, que receberam as seguintes associações: 10,0 mg/kg de cetamina e 0,5 mg/kg de xilazina (G1); 5,0 mg/kg de tiletamina-zolazepam (G2); 5,0 mg/kg de tiletamina-zolazepam diluídos em 0,5 mg/kg de levomepromazina (G3). Os fármacos foram administrados pela via intramuscular por meio de dardos e zarabatana, e as doses foram calculadas de acordo com o peso estimado dos animais. A dose real administrada foi obtida após imobilização, no momento em que os animais permitiram a pesagem. Foram mensurados a freqüência respiratória, a saturação da oxiemoglobina, a freqüência cardíaca, as pressões arteriais sistólica, média e diastólica, o tempo de perfusão capilar, a temperatura retal, os graus de analgesia e miorrelaxamento e os reflexos protetores no momento em que o animal permitiu a manipulação e após cada 15 minutos, até completar 60 minutos. Avaliaram-se também os períodos de latência, hábil e de recuperação anestésica. Concluiu-se que a associação cetamina-xilazina (10,0 e 0,5 mg/kg, respectivamente) é a mais adequada para analgesia tegumentar, mas quando o tipo de intervenção não exigir analgesia intensa, a dose utilizada da associação tiletamina-zolazepam (5,0 mg/kg) é suficiente para imobilização por cerca de uma hora. A adição da levomepromazina (0,5 mg/kg) melhora a analgesia, o miorrelaxamento, aumenta os períodos hábil e de recuperação tornando-a mais tranqüila. Para intervenções mais cruentas em capivaras serão necessários mais estudos para adequar a dose da associação tiletamina-zolazepam, combinada ou não com a levomepromazina. A utilização do cloridrato de levomepromazina a 0,5% para diluição da forma liofilizada da tiletamina-zolazepam não apresentou nenhum inconveniente e foi vantajoso para uso em dardos, por não aumentar o volume total a ser administrado.