Comportamento do herbicida dicamba ao longo do perfil do solo
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
Fitotecnia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://locus.ufv.br//handle/123456789/29549 https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2022.165 |
Resumo: | O herbicida dicamba apresenta elevada mobilidade no solo, devido à baixa sorção. Com isso, compreender o comportamento dessa molécula ao longo do perfil do solo é importante, para evitar problemas de intoxicação de culturas sensíveis e contaminação do solo e da água. Assim, o estudo tem por objetivo compreender o comportamento do dicamba ao longo do perfil de dois solos brasileiros, por meio de cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE) e ensaios utilizando espécie indicadora. Para determinar a espécie indicadora foram utilizadas diferentes doses do dicamba aplicado em areia lavada, e posteriormente semeadura de espécies sensíveis. Para os estudos de sorção, lixiviação e persistência, foram selecionados dois solos, um Latossolo Vermelho-Amarelo e um Argissolo Vermelho-Amarelo, dos quais foram coletadas amostrados ao longo de seus perfis. Para determinar a sorção, as amostras de solo foram fortificadas com o herbicida dicamba e posteriormente quantificado por CLAE. A sorção por ensaio biológico, foi realizada através da semeadura de espécie indicadora no solo, seguido da aplicação de doses crescentes do dicamba. Para estimar o potencial de lixiviação, foram utilizadas colunas de PVC preenchidas com solo. A meia-vida e o efeito residual em planta indicadora, foram determinados através da aplicação do dicamba em vasos, preenchidos com solo que permaneceram a campo durante 250 dias. As amostras de solo dos estudos de lixiviação e meia-vida foram submetidas a extração e quantificados por CLAE. Os resultados destacam o feijão como a espécie mais indicada para a avaliação da presença do dicamba no solo. O estudo de sorção por cromatografia, mostra uma baixa capacidade sortiva do dicamba em todas as amostras de solos estudados, com valores de Kf variando de 0,25 a 0,88. Pode-se observar uma correlação negativa entre o pH do solo e a sorção. No ensaio biológico o fator que mais influenciou na sorção do dicamba foi a matéria orgânica, no entanto, o ensaio biológico pode não ser a técnica mais indicada para determinar a sorção do dicamba em solos, pois a degradação da molécula pode ser um fator mais determinante do que a sorção. No Latossolo o dicamba não apresentou potencial elevado de lixiviação, não ultrapassando os 15 cm de profundidade, no entanto, no Argissolo o dicamba foi capaz de atingir profundidades superiores a 35 cm. Houve correlação positiva entre a mobilidade do dicamba e o pH do solo. O dicamba apresentou meia-vida curta de 4 a 9 dias em amostras solos que receberam parte do horizonte A. Em contrapartida, nos horizontes B e C, a meia-vida do dicamba foi mais longa, variando de 52 a 495 dias. Nas plantas de feijão, o dicamba causou danos até 60 dias após a aplicação nos solos da camada arável. A longa persistência do dicamba em solos profundos, associado a baixa capacidade sortiva desse herbicida e elevada mobilidade no solo implica em um aumento no risco do dicamba infiltrar no solo e contaminar águas subterrâneas. Nesse sentido, a degradação do dicamba na superfície do solo, torna-se um fator importante na movimentação do dicamba no perfil do solo. Palavras-chave: Herbicidas. Sorção. Lixiviação. Persistência. Horizonte do solo. Degradação. Ensaio biológico. Cromatografia líquida. |