Avaliação de extratores para determinar a disponibilidade de Silício em diferentes solos brasileiros
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
Solos e Nutrição de Plantas |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://locus.ufv.br/handle/123456789/32412 |
Resumo: | O Si é um elemento não essencial para as plantas, porém considerado benéfico por seus efeitos positivos e desejáveis como aumento na produtividade e de tolerância a estresses abióticos e bióticos. No entanto, este elemento tem recebido pouca atenção por parte dos pesquisadores, o que acarreta em poucos estudos a respeito do seu comportamento e na sua baixa utilização na agricultura mundial. Parte desse problema se dá pela dinâmica complexa do elemento no sistema solo-solução. Prova desse baixo conhecimento é que ainda não existe extrator eficiente que permita quantificar a sua disponibilidade para as plantas, etapa fundamental para a correta recomendação da adubação silicatada. Sendo assim, foram desenvolvidos dois experimentos. O primeiro teve como objetivo estudar a influência dos ciclos de umedecimento e secagem nos teores de Si disponível no solo. Para isso, foram usados dois tipos de solo (camada de 0-20 cm) de características contrastantes. Os solos foram incubados com cinco doses de Si (0, 75, 150, 300 e 600 mg dm-3), umedecidos (80 % da capacidade de campo) e deixados em repouso por 96 horas até alcançarem o equilíbrio. Posteriormente foram reumedecidos e após 1, 12, 48, 96 e 144 h, os tratamentos foram amostrados e então o Si foi extraído. O segundo experimento teve por objetivos estudar a influência do modo de preparo da amostra de solo na dosagem de Si e avaliar a capacidade de diferentes extratores químicos para determinar a disponibilidade de Si em solos brasileiros e correlacioná-los com o conteúdo do elemento absorvido por uma planta indicadora (arroz, Oriza sativa). Para isso, foram avaliados 12 tipos de solos (camada de 0-20 cm) de características físicas, químicas e mineralógicas diferentes, dois preparos de amostras de solos (com umidade a 80 % da capacidade de campo e secas em estufa a 45 oC) e três doses de Si (0, 300 e 600 mg dm-3) em esquema fatorial 12x3x2, disposto em blocos casualizados (BC) com quatro repetições, totalizando 72 tratamentos e 288 unidades experimentais. Os extratores avaliados foram: ácido acético 0,5 mol L-1, cloreto de cálcio 10 mmol L-1, carbonato de amônio 9,6 g L-1 e Mehlich-3. Os resultados mostraram que o processo de secagem e posterior reumedecimento levou à diminuição da recuperação de Si pelo extrator, sugerindo que a disponibilidade parece estar mais relacionada à mineralogia da fração argila do solo. Assim mesmo, o preparo da amostra influenciou na dosagem de Si, porém estas diferenças aparentemente não afetaram a quantidade de Si disponível para a planta, já que foi justamente em amostras de solo secas que encontrou-se a melhor correlação entre os teores disponíveis de Si no solo e a recuperação pelas plantas. Quanto aos extratores, o cloreto de cálcio 10 mmol L-1 usado em amostras secas apresentou a melhor capacidade preditiva (R2 = 0,73) entre o teor de Si disponível no solo e conteúdo de Si na planta. Sendo assim, este extrator poderia ser usado para estimar a biodisponibilidade de Si em solos brasileiros, seguindo a metodologia convencional de secagem da amostra para análise |