Avaliação da viabilidade do uso do resíduo siderúrgico sílica ativa como bloqueador de fosfato em solos de clima tropical

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Rochebois, Gaston Benatti
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Solos e Nutrição de Plantas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://locus.ufv.br/handle/123456789/32425
Resumo: O processo industrial do minério de ferro produz um enorme volume de resíduos siderúrgicos, entre os quais se encontra a sílica ativa, a qual é coletada pelos filtros localizados nas chaminés de escape dos gases efluentes dos fornos. Trata-se de uma variedade amorfa de sílica, formada, exatamente quando ocorre a elevação da temperatura do forno, fazendo com que o silício, passe para o estado gasoso, e, ao passar pelos filtros, resfria-se e volta ao estado sólido, porém com sua estrutura inicial modificada. A relação entre a mineração de ferro e a produção do silício metálico, está na produção maciça de ligas metálicas (ferro silício) destinadas à produção de aço com maior dureza. A sílica ativa pode apresentar potencial agrícola, a partir da possibilidade de redução das quantidades aplicadas de adubação fosfatada, em se confirmando a adsorção por parte desse elemento pelas partículas de solo, deixando mais fosfato livre para as plantas. Espera-se que com a aplicação da sílica ativa no solo, o silício (Si) desta, faça a competição com o fosfato pelos sítios de adsorção nas partículas de argila, deixando o fósforo (P) livre na solução do solo e mais disponível para a absorção pelas plantas. O objetivo deste trabalho foi realizar a caracterização físico-química do resíduo siderúrgico e avaliar a eficiência da interação do silício (Sílica ativa) com o solo, agindo como bloqueador da adsorção do fosfato. Também foram quantificados os teores de silício na forma de SiO2 e fósforo na forma P2O5 no solo onde o resíduo foi aplicado, obtendo-se como resultado maiores teores de fósforo remanescente (P rem) e consequente redução da capacidade máxima de adsorção do fósforo (CMAP) nos solos que receberam a aplicação de sílica ativa. Foram realizadas análise de retenção de água; pelo método das câmaras de Richards; análise da área superficial específica da sílica ativa (BET Analises); análise mineralógica por difratometria de raios X a fim de determinar a estrutura da substância (sílica ativa) pelo processo da lâmina escavada; imagem da estrutura da sílica ativa por microscopia eletrônica de varredura aplicada à mineralogia de solos, com a finalidade relacioná-la à composição da substância em análise. Os solos receberam a aplicação do resíduo nas doses equivalentes a 0, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11 toneladas por hectare (t.ha-1), bem como passaram por períodos diferentes de retenção 15, 30 e 45 dias. Foram feitas as análises químicas de rotina para verificar a condição original dos solos e, estes também passaram por análise granulométrica. Foram realizadas três repetições para cada tratamento e, feitas análises em seus diferentes tratamentos para cada tempo de retenção verificando a disponibilidade de fósforo no solo através das análises de fósforo remanescente e Mehlich 1 (fósforo disponível). Palavras-Chave: Adsorção do fosfato. Bloqueador da adsorção. Sílica ativa