Efeitos da reabilitação oral no consumo alimentar em idosos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Salustiano, Alina Costa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/8843
Resumo: Este trabalho foi realizado no município de Cajuri, MG, no período de maio a outubro de 2004, com o objetivo de avaliar os efeitos da reabilitação oral no consumo alimentar de pessoas idosas (60 anos ou mais). Foram selecionados, dentre os idosos do município, 60 indivíduos edêntulos totais ou parciais, com necessidade de tratamento prostodôntico e que aceitaram participar efetivamente desta pesquisa. Após a identificação e caracterização socioeconômica e da saúde bucal e geral dos idosos, foi realizado o exame clínico oral da amostra. Em seguida, fez-se a avaliação do consumo alimentar, por meio de inquérito de Freqüência Alimentar e Recordatório 24 h. Uma escala de autopercepção de bem-estar oral foi aplicada aos idosos. Procedeu-se ao tratamento prostodôntico dos idosos, e após 15 dias da instalação das próteses foram avaliados novamente o consumo alimentar e a auto-percepção do bem-estar oral. A maioria dos idosos estudados foi classificada como do extremo jovem (60– 69 anos), sendo 65% deles mulheres. Entre os medicamentos identificados foi mais freqüente o uso dos anti-hipertensivos entre os idosos. Grande parte destes (56,6%) era eutrófica (IMC entre 22–27 kg/m2), porém foi detectada uma parcela importante (33,3%) com baixo peso (IMC < 22 kg/m2). Quanto ao risco de complicações metabólicas em conseqüência da circunferência da cintura e sexo, constatou-se que as mulheres estavam em maior risco que os homens. O edentulismo total esteve presente em 75% dos casos, e muitos idosos relataram usar a prótese por mais de seis anos. Verificou-se diferença estatisticamente significativa e entre a percepção da cirurgiã-dentista e dos idosos quanto à adaptação da prótese e ao seu padrão estético antes da reabilitação oral. As causas mais freqüentes dos relatos negativos sobre a capacidade mastigatória foram a falta de dentes e a prótese mal-ajustada. Houve diferença estatisticamente significante entre o consumo de verduras cruas, legumes crus e queijo antes e depois da reabilitação oral, considerando-se como hábito alimentar o consumo do alimento quatro vezes ou mais por semana. O modo de preparo dos alimentos foi modificado após a reabilitação oral, conferindo aos idosos maior liberdade de escolha dos alimentos. A escala de autopercepção de bem-estar oral mostrou-se um instrumento eficaz para avaliar a percepção da condição oral pelos pacientes, e, ainda, detectou-se melhora na saúde oral dos idosos após a reabilitação oral, bem como na sua auto- estima.