Avaliação de atividade antihepatotóxica de duas espécies vegetais popularmente conhecidas como "quina": Strychnos pseudoquina A. St. Hil. e Coutarea hexandra (Jacq.) K. Schum
Ano de defesa: | 2009 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Bioquímica e Biologia molecular de plantas; Bioquímica e Biologia molecular animal Mestrado em Bioquímica Agrícola UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/2413 |
Resumo: | O Brasil possui a maior e mais diversa flora mundial, sendo detentor de cerca de 22% de todas as espécies de plantas superiores do planeta. Ao mesmo tempo, o conhecimento tradicional de várias culturas brasileiras está associado a esse patrimônio genético, sobretudo com o uso de plantas na medicina popular. Nesse contexto, o presente trabalho teve como propósito avaliar o potencial antihepatotóxico de extratos obtidos de cascas e folhas de duas espécies vegetais utilizadas popularmente com esta finalidade, as quinas Strychnos pseudoquina A. St.-Hil., família Loganiaceae, e Coutarea hexandra (Jacq.) K. Schum, família Rubiaceae. Foi realizada a prospecção fitoquímica preliminar, por cromatografia em camada delgada, dos extratos etanólicos de cascas e folhas, separadamente, destas espécies e avaliado o potencial antioxidante in vitro. Posteriormente, ensaios biológicos foram conduzidos para investigar a capacidade dos extratos avaliados em reverter injúria hepática induzida por paracetamol em ratos. Os testes in vivo antihepatotóxico foram realizados empregando-se três doses distintas, sendo ao final do experimento, avaliados parâmetros bioquímicos e histológicos dos animais. Pela prospecção fitoquímica preliminar observaram-se diferenças na composição dos grupos de metabólitos secundários avaliados entre os extratos de cascas e folhas para cada uma das espécies. Em relação ao potencial antioxidante, em ambas as espécies, os extratos provenientes das cascas demonstraram melhores resultados em relação aos da folha. No ensaio biológico da espécie S. pseudoquina, o extrato de cascas (100mg/kg) e de folhas (200mg/kg) apresentaram possível efeito benéfico no metabolismo do sistema hepatobiliar. Por outro lado, os resultados indicam a incapacidade desses extratos em reverter as lesões hepatocelulares causadas pelo paracetamol. No mesmo modelo de ensaio conduzido para a C. hexandra, observou-se fraco efeito antihepatotóxico em toxicidade induzida por paracetamol do extrato de cascas (100mg/kg), enquanto o extrato das folhas não mostrou atividade. Observações histológicas confirmam o efeito benéfico dos extratos de cascas de ambas as espécies contra injúrias do fígado induzidas por paracetamol em ratos. Possível mecanismo pode envolver a atividade antioxidante desse extrato, promovido principalmente por metabólitos polifenólicos. |