Entre as produções do feminino e a conquista de espaços: mulheres e educação na Universidade Federal de Viçosa (1931- 1956)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Carmo, Monalisa Aparecida do
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://locus.ufv.br//handle/123456789/26613
Resumo: Este estudo aborda as ações das mulheres nos espaços educativos da Universidade Federal de Viçosa. Fundada em 1922, com o nome de Escola Superior de Agricultura e Veterinária (ESAV), foi planejada para ser uma referência, pautada no modelo estadunidense dos land grant colleges. Nas primeiras décadas da instituição percebe-se uma hegemonia masculina que colocaria as mulheres em ambientes restritos de atuação. Baseado nesse contexto, algumas questões orientam esse estudo: Quais espaços eram ocupados pelas mulheres na instituição? Como elas conseguiram se inserir? Qual sentido da criação do curso de Ciências Domésticas, no que tange a ocupação da vida pública por meio da educação? Como se constituíram as relações entre homens e mulheres? Com base nessas questões, tem-se como objetivo geral compreender a conquista das mulheres nos espaços educativos da Universidade Federal de Viçosa, no período de 1931 a 1956. Para dar conta desse objetivo, a pesquisa foi construída a partir da análise de documentos institucionais - jornais, estatutos e relatórios anuais - que nos apontaram a inserção feminina em diversos âmbitos ainda não manifestados em trabalhos anteriores. Neste estudo o curso de Ciências Domésticas aparece como uma conquista, resultado de um conjunto de reinvindicações e ações que vão marcar a participação das mulheres, partindo de outros meios de atuação feminina. Assim, as mulheres estiveram presentes na ESAV antes da criação da ESCD, foram funcionárias e, muito além de apenas esposas de professores, estiveram nos espaços de socialização e se organizaram para realização do Curso Profissional Feminino, Mês Feminino e Associação Feminina Effie Rolfs. A vida pública passou a contar com maior participação das mulheres nas ruas possibilitando o acesso à educação e à profissionalização, mas sem desconstruir um padrão feminino legitimado pelo discurso biológico socialmente construído.