Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Faria, Raquel de Oliveira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://locus.ufv.br//handle/123456789/27567
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Resumo: |
As plantas são plataformas atrativas para produção de proteínas recombinantes, por possuírem maquinaria capaz de reproduzir muitas das modificações pós-traducionais de mamíferos e não carrear viroses, patógenos ou oncogenes humanos. Ainda, a produção de proteínas-alvo recombinantes pode ocorrer em partes comestíveis das plantas, o que possibilita a administração oral de proteínas terapêuticas por meio de produtos vegetais frescos ou parcialmente processados. Uma das possibilidades de uso dessas proteínas recombinantes é para o tratamento de doenças autoimunes e inflamatórias crônicas. Nesses casos, induz-se a tolerância oral, que é um tipo de tolerância imunológica em que o organismo animal é capaz de reconhecer determinados antígenos, mas não desencadear resposta imunológica, sendo esta tolerância induzida pela exposição prévia a este antígeno. Os eventos imunológicos desencadeados nas superfícies mucosas têm repercussões sistêmicas de natureza fisiológica ou patológica. Portanto, se a tolerância oral induzir mecanismos de imunorregulação eficientes, ocorrerá também o tratamento de doenças autoimunes e inflamatórias crônicas. Para isso, na presente proposta elegeu-se a proteína HSP60, já conhecida pelo seu potencial em modular doenças autoimunes e inflamações, com o objetivo de gerar plantas transgênicas de alface (Lactuca sativa L.) expressando a proteína HSP60 humana (HSPD1). Com essa finalidade, sintetizou-se o vetor para expressão em plantas contendo o gene HSP60 humano otimizado e transformou-se cotilédones de alface via Agrobacterium tumefaciens. A transgenia das plantas foi avaliada por PCR e Southern blot das linhagens T0, T1 e T2 e foram confirmados 4 eventos independentes. Folhas liofilizadas de plantas transgênicas com 45 dias de idade foram administradas a camundongos da linhagem C57BL/6 para verificar sua eficácia no tratamento de colite ulcerativa experimental induzida por DSS. Os bioensaios sugerem a presença e efetividade da proteína humana recombinante. A média de perda de peso do grupo DSS foi de 7,87%; do grupo Dieta alface + DSS foi de 4,90%; e do grupo Dieta alface HSP60 + DSS foi de 1,69%. Essa é uma evidência que houve melhora do quadro clínico de colite pela ingestão apenas de alface e uma melhora ainda mais significativa pela ingestão de alface produtora de HSP60 humana recombinante. Também houve melhora na avaliação histológica dos tecidos do cólon dos camundongos tratados com alface transgênica produtora de HSP60 humana e com DSS, em relação aos controles, que se alimentaram de alface não transgênica e DSS ou apenas de DSS. Esses resultados indicam o potencial uso clínico da alface geneticamente modificada expressando HSP60 humana para a prevenção e o tratamento de doenças autoimunes e inflamatórias crônicas, mediante a ativação da tolerância oral. |