Emulsões duplas como agentes de biorremediação de hidrocarbonetos de petróleo em água marinha
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
Microbiologia Agrícola |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://locus.ufv.br//handle/123456789/31366 |
Resumo: | As atividades relacionadas à exploração, transporte e refino do petróleo geram impactos ambientais, com destaque para a ocorrência de derramamentos e consequente contaminação de ambientes aquáticos e terrestres. Dada à lenta degradação natural de grande parte das moléculas constituintes do petróleo, torna- se necessária a adoção de medidas de remediação nos locais contaminados. Este trabalho descreve a biodegradação de hidrocarbonetos de petróleo em água marinha litorânea em resposta à aplicação de emulsões duplas de diferentes composições. Foram preparadas emulsões duplas água/óleo/água (A/O/A) utilizando-se óleo Canola como componente principal da fase oleosa e dois surfactantes (polirricinoleato de poliglicerol e coco glicosídeo) nas interfaces das emulsões. Dependendo do tratamento, foram adicionados à composição básica acima biocarvão, sais contendo fontes de nitrogênio e fósforo, uma linhagem de Bacillus subtilis LBBMA RI4914 IsrfA produtora de surfactina e/ou dois isolados de bactérias previamente classificadas como hidrocarbonoclásticas (Rhodococcus rhodochrous TRN7 e Nocardia farcinica TRH1). Os tratamentos constituídos de água marinha litorânea contaminada com petróleo e diferentes formulações das emulsões foram incubados em microcosmos de vidro e, semanalmente, quantificou-se a liberação de CO2, utilizada como indicador da biodegradação. O tratamento contendo a emulsão fertilizada (238 mg L-1 NH4NO3-N; 23,8 mg L-1 K2HPO4-P na fase aquosa interna) e as duas bactérias hidrocarbonoclásticas propiciou a maior biodegradação do petróleo. A redução ou aumento da concentração dos nutrientes na fase interna resultou em menor biodegradação, assim como a adição de biocarvão ou da linhagem de B. subtilis produtora de surfactina à formulação. Conclui-se que a utilização de emulsões duplas contendo nutrientes e as bactérias hidrocarbonoclásticas R. rhodochrous TRN7 e N. farcinica TRH1 favorece a biodegradação de hidrocarbonetos de petróleo em ambientes marinhos. Além disso, a adição de biocarvão ou de linhagem produtora de biossurfactante à formulação não melhora seu efeito bioestimulante.Palavras-chave: Bactérias hidrocarbonoclásticas. Biocarvão. Biodegradação. Biossurfactante. |