Percepção de risco do uso de agrotóxicos entre agricultores feirantes e estudantes do curso de gestão ambiental na região do Médio Jequitinhonha

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Andrade, Fábio Coutinho
Orientador(a): Santos, Antônio Sousa
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: UFVJM
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://acervo.ufvjm.edu.br/items/17854e7d-33d9-4cf3-b135-9e9394b11650
Resumo: Trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa de campo, que tem como eixo epistemológico a Teoria Cultural. Objetivo: O presente trabalho teve como objetivo desvelar a percepção de risco da utilização de agrotóxicos na atividade de trabalho de agricultores rurais feirantes e de estudantes de um Curso Superior de Tecnologia em Gestão Ambiental da cidade de Araçuaí (MG). Técnica e Instrumentos: Como técnica para apreensão das informações foi utilizado um questionário semiestruturado, adaptado da abordagem tipo diagnóstico rápido. Para a análise das informações, foi realizada análise estatística descritiva simples e análise de conteúdo. Participaram da pesquisa 41 agricultores feirantes que comercializam os seus produtos na feira de Araçuaí e 40 estudantes do curso Superior em Gestão Ambiental. Resultados e Discussão: Observou-se que a definições dos agrotóxicos relatadas pelos participantes, estão em consonância com o Decreto nº 4074/2002 que trata do assunto, no entanto, estes também identificaram a utilização dos agrotóxicos como um risco para a saúde e para o ambiente. Como principais riscos relacionados à saúde foram mencionados as doenças crônicas, tais como: câncer, problemas cardiovasculares e doenças respiratórias. Quanto aos riscos ao meio ambiente foi mencionado a contaminação do ar, a água a flora a água e o solo. Como fonte de informação a respeito dos agrotóxicos, foram citados televisão, cursos ministrados por organizações não governamentais, órgãos do governo estadual e federal, assim como também experiências de vida. Observou-se que essas fontes de informação tiveram influência na percepção de risco e na utilização dos agrotóxicos dos participantes. Dessa forma foi possível perceber que a percepção de risco é multideterminada e práticas educativas relacionada à saúde e ao ambiente com programas que enfatizem técnicas alternativas de manejo de pragas e práticas seguras de uso de agrotóxicos, possa ser uma das ações que influencia a percepção de risco acerca da utilização de agrotóxicos e, por conseguinte, diminuir os riscos de contaminação e agravos à saúde.